Sessão Ordinária / Lideranças

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações, Lideranças e Grande Expediente da sessão ordinária desta quinta-feira (22/8), trataram dos seguintes temas:

REFLEXÕES - Adeli Sell (PT) comentou e fez reflexões sobre a sessão plenária desta quarta-feira (21/8), quando foi lido o pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior. Na opinião de Adeli, a política não deve ser tratada como um “grenal”, mas "com letras maiúsculas". Para ele, a sessão de ontem foi de tensões. “Hoje em dia ficamos no calor dos debates com análises rasteiras”, lamentou o petista. “Mas existe uma sociedade que faz reflexões, que pensa, e que, de acordo com pesquisas, tem se interessado cada vez mais por política”, relatou, ao destacar: “Não importa quem assinou o impeachment. Precisamos discutir e analisar se os documentos e as informações apontadas têm conteúdo”. Por fim, Adeli mencionou a relevância do Legislativo: “Esta Casa tem que ser um centro de elaboração para o futuro e o engrandecimento de Porto Alegre”. (BSM)

MUDANÇAS - Lourdes Sprenger (MDB) destacou algumas mudanças econômicas anunciadas pelo governo federal. Avaliou que qualquer alteração “deve ser observada sem paixão ideológica, mas com discernimento”. Segundo Lourdes, os cidadãos precisam entender os números das suas contas pessoais e, igualmente, das contas públicas. Para ela, as mudanças do último ano foram significativas, tais como: “alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a reforma de previdência (ainda em tramitação), a Medida Provisória da Liberdade Econômica e, aqui em Porto Alegre, o processo orçamentário do Executivo - a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)”, citou. Além disso, a emedebista informou acerca das prováveis variantes na arrecadação do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), as quais, no seu ponto de vista, alterarão as demandas municipais para 2020. (BSM)

PLANO - No período de Grande Expediente, Adeli Sell (PT ) discutiu Porto Alegre a partir do Plano Diretor da cidade. “Em 1999 fizemos uma revisão dele. Em 2009 deveríamos ter feito nova revisão. Agora, em 2019, também precisáriamos tê-lo revisado”, avaliou, ao mencionar que, provavelmente, isto ficará para o próximo ano. Entretanto, na opinião do parlamentar, “a Mesa Diretora poderia se antecipar e montar a Comissão Especial do Plano Diretor ainda em 2019”. Na oportunidade, lembrou que o ano que vem será de pressões por conta do período eleitoral e, por isso, sugeriu a discussão do plano com escolas de urbanismo. “Poderíamos, quem sabe, começar a história do planejamento no município”, concluiu Adeli, ao dizer que, igualmente, é importante que “a gente discuta as coisas de forma transparente e que escutemos as pessoas que circulam e conhecem a nossa cidade”. (BSM)

HABITAÇÃO - Engenheiro Comasseto (PT) destacou a paralisação no repasse de recursos para o programa Minha Casa Minha Vida, alertando que em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul mais de 50 projetos estão paralisados, trazendo a iminência da perda de 500 empregos diretos na construção civil. Somente na Capital, são 2.200 unidades habitacionais sem obras. Citou reunião recente com o secretário estadual de Obras e Habitação, José Stédile, Promotoria Pública, Famurs, cooperativas e empresas, Famurs, onde o tema foi tratado e surgiu o alerta de que “se não for corrigido imediatamente, haverá desemprego em massa”. Comasseto também informou que a Bancada do PT analisará com profundidade o pedido de impeachment apresentado ontem, pois o tema não pode ser banalizado. "Condenamos o golpe dado na presidenta Dilma, chamado de impeachment, sem nenhuma prova”, afirmou. (ALG)