Saúde

Junho Vermelho visa conscientizar a população para a doação de sangue

Nesta quinta-feira (14/6), é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Lançada em 2004 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha tem como objetivo motivar as pessoas a serem doadoras, aumentar o número de doações e lembrar a importância do ato. No último dia 1º, teve início a campanha nacional “Junho Vermelho”, com o movimento “Eu Dou Sangue”. No Brasil, somente 1,8% da população entre 16 e 69 anos doa sangue, enquanto que o ideal, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), é de 3% a 5%.

Na doação, são retirados aproximadamente 450 mililitros de sangue. A coleta é realizada em ambiente limpo, com materiais descartáveis e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o procedimento todo (cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e lanche) leva cerca de 40 minutos. O organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação. Uma nova doação pode ser realizada em 60 dias, para homens, e em 90 para mulheres. Para doar, é necessário: ter entre 16 e 69 anos; pesar a partir de 50 quilos; estar em boas condições de saúde; não estar grávida nem amamentando; evitar consumo de bebidas alcoólicas 12 horas antes; e ter dormido pelo menos seis horas antes.

A doação de sangue e seu processamento são fundamentais para garantir a disponibilização de componentes sanguíneos para os pacientes que necessitam de transfusão, como vítimas de acidentes, que necessitam de cirurgias ou outras situações clínicas. Se cada cidadão saudável doasse sangue pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergenciais para coletas de reposição de estoques. O sangue não tem substituto e, por isso, a doação voluntária é fundamental. Uma simples doação pode salvar muitas vidas. 

Toda pessoa em boas condições de saúde pode doar sangue sem qualquer risco ou prejuízo à sua saúde. Para doar sangue é necessário se enquadrar nos seguintes critérios:

Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento oficial de identidade com foto; 
O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos;
Ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que os candidatos a doadores com menos de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou por responsável legal;
Pesar no mínimo 50 Kg com desconto de vestimentas;
Não estar em jejum e evitar alimentação gordurosa;
Ter dormido pelo menos 6 horas antes da doação;
Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação;
Não fumar pelo menos duas horas antes da doação.

Impeditivos temporários para doação de sangue:

Gripe ou febre;
Gestantes ou mães que amamentam bebes com menos de 12 meses;
Até 90 dias após aborto ou parto normal e até 180 dias após cesariana;
Tatuagem ou acupuntura nos últimos 12 meses;
Exposição à situação de risco para a AIDS (múltiplos parceiros sexuais, ter parceiros usuários de drogas);
Herpes labial.

Outros critérios que impedem a doação serão verificados por ocasião da entrevista de triagem.

Impeditivos definitivos para doação de sangue:

Doença de Chagas;
Hepatite após os 11 anos de idade;
Ser portador dos vírus HIV (AIDS), HCV (Hepatite C), HBC (Hepatite B), HTLV;
Uso de drogas injetáveis.

Outros critérios que impedem a doação serão verificados por ocasião da entrevista de triagem.

Intervalos que devem ser respeitados entre as doações:

Mulheres: período de 90 dias/máximo de 3 doações nos últimos 12 meses;
Homens: período de 60 dias/máximo de 4 doações nos últimos 12 meses.

Texto: Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)