Plenário

Proposta sugere que passagem subterrânea da Anita Garibaldi receba nome de arcebispo

Movimentação de plenário. Na foto: vereador João Carlos Nedel
Vereador João Carlos Nedel (PP) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre o projeto de lei que denomina a passagem subterrânea Dom Cláudio Colling o equipamento público localizado no cruzamento da Rua Anita Garibaldi com a Avenida Carlos Gomes, no bairro Auxiliadora. A autoria é do vereador João Carlos Nedel (PP), que pretende homenagear o religioso nomeado pelo Papa João Paulo II para ser arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre em 1981, permanecendo no cargo por quase uma década.

Natural de Harmonia, distrito de Montenegro, no interior do Rio Grande do Sul, Cláudio Colling nasceu em 24 de junho de 1913 e entrou para o Seminário Menor de São Leopoldo em 1925. Em 1931, ingressou no Seminário Central, na mesma cidade, para estudar Filosofia e Teologia. Ordenou-se sacerdote na Catedral Metropolitana de Porto Alegre em 10 de agosto de 1937, exercendo os cargos de vigário da Paróquia Menino Deus e da Paróquia São Geraldo, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, assistente arquidiocesano dos Homens da Ação Católica, assistente arquidiocesano da Juventude Feminina Católica, vice-diretor das obras da nova Catedral e Capelão das Filhas de Maria Imaculada.

Foi ordenado bispo e transferido para a Diocese de Santa Maria, em 1950, para exercer o sacerdócio na Diocese de Passo Fundo, criada pelo Papa Pio XII em 1951. Por 30 anos Dom Cláudio dedicou-se à diocese fundando quatro seminários, uma casa de retiros, a Rádio Planalto, a Faculdade de Filosofia, hoje integrada na universidade local, o patronato de menores, reorganizou a Fundação Lucas de Araújo, organizou a Assistência Social Leão XIII e a nova diocese de Erechim.

Mudou-se novamente para a capital em 29 de agosto de 1981, quando foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre pelo Papa João Paulo II. Conforme o vereador Nedel, apesar de ter ficado apenas pouco mais de nove anos no cargo por problemas de saúde, Dom Cláudio exerceu com muito zelo as suas funções sacerdotais. “Ele trabalhou na formação de seminaristas, liderou o término das obras da Catedral, ajudou na aquisição da casa que abriga o Centro da Pastoral e na construção do lar para os sacerdotes idosos e inválidos, em Gravataí, além de encaminhar o início do projeto de construção do Santuário Mãe de Deus que, hoje, se destaca no cenário dos altos do Morro da Glória”.

Dom Cláudio renunciou à vida religiosa em 1991 por complicações de saúde e faleceu em 3 de setembro de 1992.

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)