TRADICIONALISMO

Bosco entrega prêmio Glaucus Saraiva a Rogério Pereira Bastos

Homenageado é uma das novas promessas entre os principais estudiosos do folclore gaúcho

  • Outorga do Prêmio Glaucus Saraiva ao sr. Rogerio Bastos
    Diploma e medalha foram entregues em sessão solene presidida pelo vereador Hamilton Sossmeier (PTB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Outorga do Prêmio Glaucus Saraiva ao sr. Rogerio Bastos, em proposta do vereador João Bosco Vaz
    Representantes do tradicionalismo estiveram presentes para prestigiar a atividade no plenário Ana Terra (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Por iniciativa do vereador João Bosco Vaz (PDT) a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou sessão solene na noite de 24 de abril para entregar o prêmio tradicionalista Glaucus Saraiva para o comunicador e folclorista Rogério Pereira Bastos. A honraria é concedida a pessoas que se destacam na defesa e divulgação da tradição farroupilha.

"A dedicação, a honradez e a história pessoal e profissional são atributos que nos levam a escolher quem vamos homenagear. Quando os 36 vereadores aprovam um prêmio por unanimidade, é a cidade de Porto Alegre que está fazendo um reconhecimento ao homenageado”, afirmou Bosco.

O parlamentar relembrou a trajetória de Bastos e destacou seu conhecimento como pesquisador, folclorista e comunicador: “Bagé lançou para o estado e para o nosso País uma figura que tem o dom da relação, da comunicação e da amizade”, afirmou. Bosco ressaltou ainda que a solenidade ocorreu no dia do aniversário de 75 anos de fundação do 35 CTG, o primeiro Centro Tradicionalista Gaúcho (CTG).

Em sua manifestação, o homenageado citou o escritor e folclorista Barbosa Lessa para afirmar que “o tradicionalismo não está em andar pilchado, em colocar bota e bombacha, ou laçar. Os CTGs nasceram para ser grupos locais de pertencimento das pessoas que vinham do interior para a Capital, no êxodo rural. O tradicionalismo surgiu para manter valores e a sociedade coesa”.

Bastos destacou a importância de passar as tradições para a nova geração para garantir a continuidade dos costumes: “Se a gente não preserva, acaba”, disse. Ele enfatizou que o movimento tradicionalista tem como objetivo ajudar o próximo: “Estamos aqui para ajudar a sociedade a ser uma sociedade melhor”, afirmou. O homenageado ressaltou que há diferenças na história da povoação e colonização do Rio Grande do Sul, em relação a outros estados brasileiros. Afirmando que “não somos nem piores nem melhores”, ele destacou: “Precisamos nos orgulhar das coisas que fazemos”.

Histórico

Natural de Porto Alegre, e com raízes profundas em Bagé, Rogério Pereira Bastos é professor de História, graduado e pós-graduado pela FAPA, e pós-graduado em Administração no terceiro setor pela FIJO/PUCRS. Também é formado em comunicação pela Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de Moura (Feplam) como apresentador, locutor, entrevistador, mestre de cerimônias, produtor executivo de rádio e televisão. De peão de invernada a conselheiro e secretário-geral do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), passou por quase todos os setores do tradicionalismo organizado. Instrutor de danças tradicionais de diversas entidades, foi avaliador de rodeios, concursos de prendas e peões, além de fazer parte, por três anos, da equipe técnica do Enart (Encontro de Artes e Tradição Gaúcha). Assumiu a direção executiva da Fundação Cultural Gaúcha em 2001.

Possui vasta experiência na área de comunicação. Foi palestrante e conferencista no Brasil, Estados Unidos e China, com mais de 740 participações em eventos sobre História do Rio Grande do Sul, História do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Motivação e Liderança, Gestão Cultural e Comunicação (Dicção e Oratória). É coautor dos livros sobre a Revolução Farroupilha dedicados aos Festejos Farroupilhas do RS 2009/2010/2012/2013, organizador do livro dos festejos farroupilhas de 2013 e autor do livro MTG 50 anos (2016). Atualmente, é presidente da Comissão Gaúcha de Folclore, assessor de comunicação do MTG do RS e diretor de Relações Internacionais da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha.

Texto

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)

Edição

Milton Gerson (reg.prof. 6539)