Britto Velho, homenageado do Salão de Artes, assina painel com tela de sua autoria
O 22º Salão da Câmara será aberto nesta terça-feira com premiação dos vencedores
O artista plástico Carlos Carrion de Britto Velho, homenageado do 22º Salão de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre, assinou seu nome, na tarde desta segunda-feira (5/11), em painel que apresenta tela de sua autoria exposta no Legislativo da capital. A pintura está em destaque no saguão do Salão Adel Carvalho. Acompanharam o ato o presidente da Câmara, vereador Valter Nagelstein (MDB) e a vereadora Monica Leal (PP).
“Esta homenagem é muito importante. Estou com 72 anos de vida, 50 de carreira, mas esta é a minha cidade e a minha Câmara”, descreveu Britto ao contar as inúmeras viagens realizadas e o tempo vivido na França, em Buenos Aires e em São Paulo.
Na oportunidade, o artista lembrou colegas falecidos e que só depois da morte foram homenageados. “Ter reconhecimento, em vida, faz a diferença”, afirmou. Além disso, ele mencionou ser um pintor “exibido” e disse que “não adianta a minha obra ser de mim para mim mesmo. Pinto e já quero mostrar". "Tem que haver essa comunicação", completou ele ao demonstrar seu entusiasmo com as pessoas que terão acesso à obra exposta.
A cerimônia de inauguração do 22º Salão de Artes Plásticas ocorrerá nesta terça-feira (6/11), às 19 horas, no Plenário Ana Terra do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara. Na solenidade, serão conhecidos os artistas contemplados com os prêmios previstos em edital. Um total de 54 obras de 25 artistas visuais fazem parte do Salão.
Britto Velho
Nascido em 1946 em Porto Alegre (RS), Carlos Carrion de Britto Velho é pintor, desenhista, gravador, professor e escultor. Estudou litografia com Danúbio Gonçalves e trabalhou na gráfica de litografia Desjobert, em Paris, França. Em 1976, voltou ao Brasil e, entre 1978 e 1981, lecionou pintura no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Consolidou sua carreira no Brasil e no Exterior, participando de importantes eventos de artes visuais, como a Bienal de São Paulo, e realizando diversas exposições individuais.
O trabalho de Britto Velho partiu de uma matriz pop e se desenvolveu incorporando traços do surrealismo em cores vibrantes, já tendo sido objeto de estudo em A Modernidade da Pintura no Rio Grande do Sul, de Marilene Burtet Pieta, e Espaços do Corpo, de Maria Lúcia Kern, Mônica Zielinsky e Icleia Cattani. Atualmente, o artista vive na capital gaúcha, onde ministra cursos particulares de pintura em seu ateliê e faz parte da diretoria da Fundação Bienal do Mercosul.
66 anos
Idealizado pelo ex-vereador, escritor e jornalista Josué Guimarães (1921-1986), o Salão da Câmara foi criado por uma lei municipal em 1952. Inicialmente aberto apenas aos artistas visuais gaúchos, o evento funcionou até 1960, sendo reativado somente em 1988, quando passou a aceitar a participação de candidatos de outros Estados e países que residam no Rio Grande do Sul. É realizado a cada dois anos, nos anos pares, firmando-se como espaço de exibição para a arte contemporânea do RS.
Texto: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)