Plenário

Câmara homenageia Sociedade de Mastologia pela campanha Outubro Rosa

Período de Comunicações Campanha Outubro Rosa
Proponentes: Vereadoras Fernanda Barth e Cláudia Araújo.     Falas da tribuna da Vereadora Claudia Araújo, do Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia/RS, Dr. Leônidas Souza Machado, e Cristiane Souza, Coordenadora de Projetos do IMAMA
Legislativo destacou a campanha de prevenção ao câncer de mama (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

No período de Comunicações da Câmara Municipal de Porto Alegre desta segunda-feira (25/10), aconteceu a homenagem à Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Rio Grande do Sul – pela promoção da campanha Outubro Rosa, que visa a conscientização para o controle do câncer de mama e arrecadação solidária de perucas e alimentos não perecíveis, em parceria com Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A proposição do agraciamento é das vereadoras Cláudia Araújo (PSD) e Fernanda Barth (PRTB), como reconhecimento ao trabalho da entidade e apoiadores.     

A vereadora Cláudia Araújo disse que é importante destacar o empenho da Sociedade Brasileira de Mastologia e demais entidades parceiras, que “há décadas realizam trabalho de conscientização das mulheres a respeito da importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, com objetivo de salvar vidas”. A vereadora salientou também os avanços da área médica, novas formas de tratamentos e procedimentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a dedicação das instituições e profissionais da saúde em salvar vidas.

Como Procuradora Especial da Mulher, da Câmara, Cláudia Araújo falou do lançamento da campanha interna da Casa, Ei, garota! Se toca!, para incentivar as mulheres para que possam se tocar e “através do autoexame, no caso de detectar algo, possam procurar o seu médico”, ratificou. Ela lembrou ainda o trabalho do Instituto da Mama (Imama), entidade também engajada na campanha Outubro Rosa, que realizou mais uma “caminhada das vitoriosas, que sempre mobiliza as mulheres para que busquem tratamento preventivo e façam exames regularmente”, concluiu. 

O presidente da Sociedade de Mastologia, Leônidas Souza Machado, ressaltou a importância da pauta, "uma vez que o câncer de mama é prevalente no Brasil, com cerca de 60 mil novos casos por ano e mais de 5 mil casos no Rio Grande do Sul, anualmente, sendo a patologia que mais mata mulheres no estado e no país”. O mastologista explicou que em relação ao diagnóstico precoce, existem muitas correntes na literatura médica e que as sociedades de Mastologia, Ginecologia e Radiologia sugerem que sejam realizados exames de mamografia a partir dos 40 anos, a cada ano. Segundo o médico, cerca de 40% das mulheres têm menos de 50 anos e que não é possível esperar para fazer o exame, “porque quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura dessas pacientes. Quando o nódulo é descoberto muito cedo, a chance de cura varia entre 90 e 95%”.

Ele disse também que a mastologia evoluiu muito e que hoje em dia trabalha-se com o conceito da medicina personalizada. "Em muitos casos, não há necessidade de cirurgias radicais, como era antigamente", explicou Leônidas. Ele disse ainda que os tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, evoluíram muito. Destacou as mamografias, encaminhadas pelo SUS, mas ressaltou que devem ser melhorados os encaminhamentos para ecografia mamária e biópsia, “exames que levam de 6 a 8 meses para serem realizados, que são exames necessários até as pacientes chegarem nos hospitais”, informou. Agradeceu os apoios da Amrigs, Simers e Prefeitura da Capital para a campanha de doação de perucas e alimentos porque “devido a pandemia, muitas pessoas estão passando necessidades básicas. E contem com a Sociedade de Mastologia, para tentar fazer o melhor pelas nossas pacientes”, finalizou.

A representante do Instituto da Mama (Imama), Cristiane Souza, salientou o trabalho da entidade na conscientização pelo diagnóstico precoce. Ratificou a dificuldade para a realização de exames de ecografia pelo SUS. “No município há uma demanda represada de 15 mil ecografias e isto desmotiva as mulheres pela grande demora”. A médica falou da preocupação pelos novos casos, que ainda estão por vir. “Estamos trabalhando há 28 anos e sabemos que a nossa luta é longa, mas não vamos desistir”, afirmou. 

Também se manifestaram as vereadoras Mônica Leal (PP) e Tanise Sabino (PTB) e o vereador Aldacir Oliboni (PT), que parabenizaram as entidades e a iniciativa da homenagem.  

Texto

Glei Soares (reg. prof. 8577)

Edição

Marco Aurélio Marocco (Reg. Prof. 6062)