Institucional

Câmara na Comunidade visita o bairro Petrópolis

Vereadores verificam demandas dos moradores do bairro Petrópolis Foto: Jonathan Heckler
Vereadores verificam demandas dos moradores do bairro Petrópolis Foto: Jonathan Heckler
Representantes do Movimento Mais Petrópolis apresentaram na última sexta feira (22/7) as demandas do bairro aos vereadores que participaram do Câmara na Comunidade. A visita contou a participação da presidente da Câmara Municipal, vereadora Sofia Cavedon (PT), e dos vereadores Dr. Raul (PMDB) e Toni Proença (PPS) e representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Petrópolis, segundo dados da Brigada Militar, tem hoje 35 mil moradores, sendo que durante a semana circulam mais 30 mil pessoas no bairro. Conforme a liderança do Petrópolis Vive, Janete Vicari Barbosa, “a estrutura do bairro já está sobrecarregada, necessitando de adequações estruturais de trânsito e coleta do lixo, assim como também precisa recuperar pontos de cultura existentes na comunidade e qualificar e quantificar a manutenção do local”.

Trânsito
As primeiras demandas apresentadas, na esquina da Guaporé com a Pirapó, foram de alterações em algumas vias do bairro. Flávio Stein, do Movimento, entregou documento para a EPTC descrevendo melhorias viárias e de segurança para os moradores. “Todas estas sugestões já foram dadas à EPTC. Reapresentamos através do Câmara na Comunidade, pois seriam baratíssimas, pois tudo está pronto, esperando apenas uma reengenharia moderna e adequada”, salientou.

Mudanças no entorno da Praça Bonita, transformar partes da João Caetano, Guaporé e Lageado em mãos únicas, e alterar o trecho da linha 671 que vem da Carlos Gomes, são algumas das sugestões apresentadas.

Cultura
Apoio à Casa da Estrela, que tem o objetivo de sediar atividades da Câmara do Livro; esclarecimento por parte da Secretaria Municipal da Cultura sobre o Inventário em Petrópolis; pedido à Smam para cuidar da paineira do jardim, já tombada pela própria Secretaria; e restauração e conservação da Caixa d’Água Mafalda Veríssimo, são as nossas reivindicações nessa área, disse Janete.

Conforme as lideranças, a Casa da Estrela, preservada pela Prefeitura, após longa demanda dos moradores, acolhida pelo Ministério Público do RS, já apresenta os sinais do cuidado do novo "dono": a Câmara Rio-Grandense do Livro. 

Em relação à Smam, o Movimento solicitou avaliação da paineira, atualmente em conflito com o muro da escadaria, para que haja um cuidado com a saúde da árvore, levando em conta que a escadaria é área de preservação também e precisa de cuidados.

Em relação à Secretaria da Cultura, disse Janete, gostaríamos de ser informados oportunamente sobre a previsão do Inventário dos bens a serem preservados no bairro, bem como dos critérios que serão utilizados. Seriam indicados imóveis isoladamente? Quais os critérios para sua seleção? Haveria indicação de conjuntos de imóveis que compõem um ambiente, uma paisagem? Haveria alguma relação com o Estudo das Áreas Especiais de Interesse Cultural? Quais critérios norteariam essas escolhas? Segundo ela, as perguntas se prendem a uma preocupação com as rápidas mudanças urbanísticas que estão acontecendo em Petrópolis. “O que deverá ser preservado? E por quê? Qual o plano para a memória do bairro quanto às suas edificações?”, questiona.

O mesmo ocorre na vizinhança da Caixa d’Água da Praça Mafalda Veríssimo, a primeira casa construída ao lado do reservatório, concluída em 1933, está fechada. “Que destino a aguarda?”, perguntam.

Lixo
A direção da Escola Estadual Ivo Corseuil denunciou um problema grave de depósito irregular de lixo no entorno da escola, esquinas e terrenos próximos. Também a quantidade de lixo espalhado pelas calçadas da Protásio Alves aos domingos, geralmente na parte da tarde, foi denunciada pelo Movimento Mais Petrópolis. “Essa sujeira enfeia demais a cidade. Isso diminui a auto-estima dos porto-alegrenses, que se vêem desprezados pelo poder público. A avenida se torna um território a ser evitado, pela sujeira, pela feiúra, pela agressão. É urgente que o assunto seja estudado pelo DMLU e implementadas medidas para evitar a continuidade dessa situação”, reforçou Janete.

Resíduos sólidos
O Movimento Mais Petrópolis está preocupado com a grande onda de demolições de casas e construção de novos edifícios no bairro, que evidencia um grande desperdício de materiais. “Seria muito oportuno que a Câmara aprovasse uma lei que regule as demolições, com vistas ao reaproveitamento dos materiais em Bancos de Materiais para a utilização em moradias populares, seja de iniciativa de cooperativas ou do próprio poder público, seja disponibilizando ao comércio o material com esse potencial”, sugeriram. Da mesma forma, reforçou Janete, deveria ser regulado o reaproveitamento dos materiais das demolições que não possam servir às suas finalidades originais, mas sejam reprocessados com outras finalidades: pavimentação, nivelamento, muros de contenção e em novas tecnologias de edificações.

Praça
Na Praça das Nações Unidas a Associação ConViver Melhor, através de seu presidente, Antão Castilhos, melhorias já foram conquistadas junto a Prefeitura, trazendo mais segurança e possibilidade de uso e fruição da Praça, colaborando ao mesmo tempo com a iluminação e segurança da Escola Leopoldo Tietbohl, de forma integrada com a Associação e a comunidade. 

A Associação apresentou as demandas de poda de árvores, acesso para os cadeirantes, colocação de areia nas caixas de brinquedo e balanços para crianças até cinco anos, reparos nas escadarias e calçadas. No entorno, ressalta Antão, também é importante que ocorram medidas de educação ambiental quanto à coleta seletiva, descarte correto do lixo orgânico e responsabilização dos síndicos e proprietários quanto à conservação das calçadas, bem como para a imediata comunicação de vazamentos de água.

Jorn. Marta Resing (reg. prof. 5405)
Assessora de Imprensa da Presidência