Tribuna Popular

Catadores querem diálogo com Executivo sobre Plano de Resíduos Sólidos

Cunha, ouvindo manifestação de vereadora, falou sobre carroceiros da Restinga Foto: Ederson Nunes
Cunha, ouvindo manifestação de vereadora, falou sobre carroceiros da Restinga Foto: Ederson Nunes
Diálogo comprometido e aberto entre a comunidade e o Executivo. Esta foi a solicitação de Taiso Cunha de Quadros, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Socioeconômico de Pessoas (Idesp), que ocupou, nesta segunda-feira (10/6), a Tribuna Popular da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre. O diálogo solicitado envolve a elaboração do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos, a erradicação de carroças de catadores das ruas da cidade e a construção da unidade de triagem Padre Cacique II. Na tribuna, Cunha representou também a Coopertinga, que reúne catadores da Restinga.

O orador lembrou que lei aprovada pela Câmara Municipal em 2008, determinando a erradicação de carroças de lixo na Capital, bem como a criação de programas de inserção dos catadores em programas de reciclagem, deverá estar em pleno vigor a partir de 1º de setembro deste ano. Contudo, Cunha disse que os integrantes da Coopertinga desconhecem ações para aproveitamento da mão de obra disponível no bairro. “Nossos carroceiros e catadores não tem o menor conhecimento do que está sendo feito”, salientou ao lembrar que a lei prevê o início do programa justamente pela zona Sul. “Talvez nos próximos meses 130 catadores sejam capacitados ou inseridos em galpões de reciclagem”, completou.

Cunha lembrou que no bairro está prevista a construção da Unidade de Triagem Padre Cacique II. “Mas não fomos vislumbrados neste projeto. Não se sabe nada sobre esta nova unidade de triagem”, lamentou. Ele também apresentou ao plenário abaixo-assinado com cerca de 20 mil assinaturas de moradores do bairro que apoiam a Coopertinga como administradora da Padre Cacique II. “Se isso não for possível, queremos uma área para construir o nosso galpão”, pediu, dizendo existir programas federais que possibilitam a aquisição de equipamentos para trabalho com resíduos sólidos e de reciclagem. “Recursos e meios existem e são fáceis de serem acessados se houver planejamento e projeto”, afirmou ainda.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)