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Cece discute a cultura de paz nas escolas de Porto Alegre

Reunião de Comissão - 11ª Reunião (ordinária) da CECE - Pauta: Paz na Escola
Estudantes participaram da reunião de hoje na Cece (Foto: Fernando Antunes/CMPA)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre debateu em reunião na tarde desta terça-feira (18/4) maneiras de incorporar a cultura de paz nas escolas da capital. Foi proponente desta pauta o vereador Giovani Culau e Coletivo (PCdoB).

 

O coordenador de segurança da Secretaria Municipal de Educação (SMED), Guilherme Benedetto, disse que a pasta pensa na segurança da comunidade com o conceito de senso de pertencimento. “Nós tentamos fazer com que o ambiente da escola seja um ambiente seguro, um ambiente onde ele se sinta pertencente”, ressaltou. 

 

De acordo com o coordenador de segurança, a secretaria utiliza diversos mecanismos para prevenir e coibir a violência nas escolas.  Uma delas é a plataforma “Acesso mais Seguro”, onde as direções das escolas podem notificar situações de risco em suas unidades. O sistema possui quatro níveis de classificação de risco, sendo eles: verde, amarelo, laranja e vermelho.

 

O verde, para situações de menor risco e o vermelho para situações mais graves. “Isso serve para termos uma base de dados para conhecer as situações de risco dentro de cada escola e região”, apontou Guilherme. Ele também lembrou da implantação do botão de pânico nas escolas, outro sistema, que visa trazer mais segurança aos alunos, professores e servidores do município.

 

Já o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundários (UMESPE), Sanderson França Rodrigues, argumentou que é necessária a construção de uma discussão séria sobre o assunto.  Para ele, é preciso falar de segurança para além do policiamento nas escolas. “A gente fala em um sentido da escola ser um espaço onde não haja espaço para a violência e para a discriminação”, frisou Sanderson.

 

“Isso é resultado de quatro anos de discurso de ódio da qual o prefeito de Porto Alegre (Sebastião Melo) é a favor, isso é resultado de uma política de quatros anos de discurso de ódio vinda da Presidência do nosso país", criticou o vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Kaick Pereira.

 

O comandante regional do comando sul da Guarda Municipal, Carlos Franco, realçou que na área onde atua, a GM sul possui nove agrupamentos de atendimentos, equipados com 23 viaturas, que fazem patrulhamentos preventivos nas escolas. Além disso, a equipe possui um monitoramento de 24 horas pelos agentes da guarda, e também possui uma central de alarmes que atende grande  parte das escolas e unidades de saúde da cidade. “Todas essas medidas não serão eficazes se não houver a participação", disse Franco. Para ele, a segurança vai além do monitoramento policial.

 

Como encaminhamento da reunião, o vereador Giovani Culau , que presidiu o encontro, pediu a construção de um diálogo democrático sobre a pauta, pensando em políticas públicas baseadas em evidências. E a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o tema.

Texto

Josué Garcia (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (Reg. Prof. 6062)