Cedecondh debate problemas de segurança pública na Zona Sul
Na tarde de hoje (12/7), a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH) realizou uma reunião para debater sobre a segurança nos bairros Vila Nova, Belém Velho e Campo Novo. A reunião foi dirigida pelo presidente da comissão, vereador Cassiá Carpes (PP).
“Segurança, educação, saúde. A ordem muda, mas esses são os assuntos mais discutidos na política brasileira”, disse Carpes ao iniciar a reunião. Comentou que as regiões em pauta fazem parte das que muito cresceram, talvez de modo desenfreado em questão de habitação e estruturação, o que acaba acarretando certos problemas. Todavia, isso é algo natural e resta apenas achar alternativas para colaborar, principalmente em questão de segurança, observou ele.
Rogério Salomoni, da Vila Nova, relatou que os bandidos da região usam o beco em que mora como lugar para desova de carros e cadáveres. Disse que tem dois portões em sua casa, além de câmeras de segurança e cachorros. Rogério se sente mais seguro, mas lembra que nem todos têm os meios para adicionar essas medidas protetivas. Para o morador, câmeras de segurança e viaturas seriam bem-vindas.
Outra moradora, Silvia Carpenedo, presidente do Grupo Escoteiro Lídia Moschetti, defendeu a presença permanente do estado na região. "Se nós quisermos resolver essa questão de segurança, precisamos da presença do estado." Silvia crê que pontos de referência fixos seriam muito mais eficazes que câmeras e viaturas passageiras, ainda que igualmente reconheça sua importância.
Moradores de Belém Velho também relataram suas experiências pessoais com bandidos da região. Nilseu Reis Cavalheiro fixava um cercado em um riacho próximo de seu sítio quando três homens se aproximaram por trás. “Por um gatilho, eu não estaria aqui”, disse, revelando que os ladrões levaram uma arma que possuía. Cesar Gilberto Pastro assistia à televisão quando seu filho entrou em casa e disse-lhe para não fazer nada. Dois homens entraram com ele e assaltaram a residência, levando um revólver sem uso há 20 anos. A família, acrescentou ele, está traumatizada.
O secretário adjunto de Segurança, Gelson Luiz Guarda, informou aos moradores que a Guarda Municipal tem interesse, sim, em melhorar a segurança na região, mas questões burocráticas atrasam o processo. "Nós fomos, falamos com diretores, secretários, todo mundo. E o tempo passou e por enquanto não temos um direcionamento.” Segundo Guarda, porém, já estão sendo adquiridas câmeras de segurança. "A união das forças de segurança tem nos dado um resultado fenomenal, porque muitas vezes um sana o problema ou a dificuldade do outro."
Encerrando a reunião, Carpes salientou que "tudo passa pela política. É o político que decide, nas suas esferas municipal, estadual e federal." Por isso, o cidadão precisa ter participação no monitoramento daqueles que votam nas leis que irão afetar a todos. “A população não pode votar e se esquecer. É preciso também acompanhar."