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CEDECONDH discute situação de abrigo para vítimas de violência doméstica

Reunião de Comissão - CEDECONDH - comissão se reúne para debater a situação da Casa Viva Maria
Reunião na Câmara hoje buscou informações sobre a Casa Viva Maria (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Na tarde de hoje (5/7), a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH) realizou uma reunião para discutir a Casa de Apoio Viva Maria, um abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica e sexual inaugurado em 1992. A discussão faz parte de uma série de outras conversas acerca da Casa. A reunião foi aberta pelo presidente Cassiá Carpes (PP) e dirigida pela vereadora Laura Sito (PT).

Sito explicou que a Casa abriga seis famílias, compostas de seis mulheres e 19 crianças, e mencionou a falta de investimento e estrutura para que ela possa atender à demanda. A vereadora lembrou que nenhuma nova casa foi aberta durante a pandemia, momento no qual muitas mulheres começaram a passar mais tempo em casa com seus agressores. Uma nova casa de passagem já está prevista para agosto, com atendimento 24h, e sem a necessidade de uma medida protetiva para a mulher.

A assistente social da Casa Viva Maria, Sayonara Rocha, relatou um problema relacionado às profissionais de enfermagem. Desde a pandemia, uma das duas enfermeiras estava de licença. Agora, ambas estão sendo realocadas, pois a Coordenadoria Norte da Secretaria Municipal de Saúde acredita que a Casa não necessita de serviços de enfermagem. As assistentes atuais também devem sair, visto que só podem atuar junto a enfermeiros.

A vereadora perguntou a atual demanda de profissionais, para que a Câmara seja capaz de monitorar o andamento dos processos. Segundo Sayonara, para que a casa consiga funcionar plenamente, é necessário um técnico de nível superior, seja de Assistência Social ou Enfermagem, e cinco monitores. Rocha disse que há uma gestante em gravidez de risco na Casa, e apenas uma profissional disponível nos finais de semana. Se for necessário, haverá apenas ela para encaminhar a moradora ao hospital.

Encerrando a reunião, Laura Sito disse que faria um pedido de informação à Secretaria da Saúde para saber como está a situação de preenchimento das vagas. Mas a vereadora Daiana Santos (PCdoB), que vem acompanhando as reuniões desde a primeira, lembrou que um pedido já havia sido feito e não houve resposta. Sito acrescentou que, se a secretaria continuar a ignorar os pedidos por informação e comparecimento nas reuniões, a comissão irá até o órgão buscar esclarecimentos.

Texto

Lucas Zanella (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)