Novembro Azul

Cosmam debate conscientização sobre o câncer de próstata

  • Políticas, assistência e conscientização Novembro Azul. verª Cláudia Araújo - Presidente da Cosmam.
    Novembro Azul foi tema de reunião da Cosmam nesta terça-feira (Foto: Brenda Rodrigues/CMPA)
  • Políticas, assistência e conscientização Novembro Azul. verª Cláudia Araújo - Presidente da Cosmam.
    Urologista Renan Cabral mostrou dados sobre os casos na Capital (Foto: Brenda Rodrigues/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião, na manhã desta terça-feira (01/11), para tratar da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre o câncer de próstata. O tema foi sugerido pela vereadora Cláudia Araújo (PSD), que conduziu o debate.

A vereadora ressaltou que na fase inicial o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, o que dificulta a cura. Entre os fatores de risco estão o histórico familiar, obesidade e raça, já que homens negros sofrem uma maior incidência deste tipo de câncer. Cerca de 20% dos pacientes são diagnosticados com o exame de toque retal, reforçando sua importância para o diagnóstico e tratamento. “A única forma de possibilitar a cura do câncer de próstata é com o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou a partir dos 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal”, afirmou Cláudia.

Representando o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o médico e chefe da divisão de detecção precoce de câncer, Arn Migowski, afirmou que o câncer de próstata é o tipo mais frequente em homens no Brasil. Um dos maiores fatores é a idade: quanto mais velho o homem, maior a incidência da doença. Migowski ainda explicou que existem diversos casos que nunca foram detectados e que a solução para isso é o aumento dos exames de check-up. Pesquisas mostram que de mil homens de 55 a 69 anos que realizam exames de rotina, cerca de 178 deles poderão ter o resultado alterado e descobrir, após biópsia, que não possuem câncer de próstata. Destes mil, 100 serão confirmados com o câncer, porém 50% destes cânceres serão de crescimento lento, o que não traz ameaça à vida. A cada 100 homens que tratam com cirurgia, 60 deles poderão ter impotência sexual, e 20 podem ficar com incontinência urinária.

O urologista do Hospital de Clínicas Renan Desimon Cabral contou que existem dois grupos hoje na capital: um dos pacientes que já possuem seus diagnósticos feitos por médicos assistentes e o outro grupo que não possui o diagnóstico. Quando o paciente possui sua biópsia feita e com diagnóstico positivo para o câncer, estes possuem o acesso rápido, em média 45 dias até a primeira consulta. O problema são os pacientes que não possuem diagnóstico e que ainda fazem o acompanhamento. Estes são os que mais sofrem com os atrasos de tratamento, muitos levam de seis meses até um ano para realizar a primeira consulta.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)