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COSMAM debate importância do combate às hepatites

Reunião de comissão - COSMAM - para debater o combate às hepatites virais.
Diretora de Atenção Primária da SMS, Caroline Schirmer, apresentou dados sobre testes (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Na reunião desta terça-feira (12/7) da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM) na Câmara Municipal de Porto Alegre, foi debatido o combate às hepatites. A vereadora Claúdia Araújo (PSD) presidiu a reunião e destacou a importância do combate às hepatites, seus efeitos, perigos e tratamentos. O tema, conforme ela, foi abordado por ocasião do “Julho Amarelo”, mês da luta contra as hepatites virais e o câncer de fígado.

O médico Eduardo Emerim informou que grande parte das pessoas que contraem HIV morrem por hepatite, após a destruição do sistema imunológico. Citou que a hepatite C é a mais perigosa, pois ela é crônica e pode causar câncer de fígado. O médico admitiu que na pandemia houve certas dificuldades na área da saúde para os diagnósticos das hepatites e seus colaterais, porém já está estabilizado e o trabalho nesta área segue normal. Segundo ele, o SUS possui zero pacientes na fila de espera para tratamento ou diagnóstico sobre hepatite, mostrando a eficiência do serviço público. “Hepatite C é doença de gente mais velha, não é doença de gente jovem, a menos que tenha algum contágio por uso de drogas, piercing, tatuagem ou sexo desprotegido”. Emerin ainda sugeriu aos vereadores que façam um projeto de lei prevendo que pessoas com mais de 40 anos façam teste de hepatite C em postos de saúde e hospitais.

O tema foi tratado também pelo médico Sérgio Schiefferdecker, que destacou a influência do Rotary na área da saúde, principalmente na distribuição das vacinas de poliomielite no mundo e, agora, no combate às hepatites. Desde de 2019, o Rotary possui um projeto chamado “Hepatite zero”, um movimento semelhante à vacinação da poliomielite, porém junto da Secretaria Municipal da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). A “Hepatite zero” tem previsão para ser posta em prática e usada na população em 2030. 

A diretora de Atenção Primária da SMS,
Caroline Schirmer, informou os seguintes dados na atenção primária referentes às hepatites: 3 mil testes realizados para hepatites em julho e 40 mil desde junho do ano de 2021. A diretora disse que a maioria das pessoas que fez os testes de hepatite possuía menos de 40 anos. “Dos 40 mil, somente 10 mil tinham mais de 40 anos." Concluiu reforçando a importância dos testes de hepatite para o bem da população, principalmente para pessoas acima dos 40 anos de idade.

Texto

Vinícius Goulart (Estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)