Comissão

Cosmam trata da conscientização sobre a esclerose múltipla

Conscientização da Esclerose Múltipla Ver. José Freitas
verª Cláudia Araújo - Presidente da Cosmam
Freitas propôs a reunião para conhecer as demandas dos pacientes (Foto: Brenda Rodrigues/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião, na manhã desta terça-feira (04/10), para tratar da conscientização sobre a esclerose múltipla. A pauta do encontro, conduzido pela vereadora Cláudia Araújo (PSD), foi proposta pelo vereador José Freitas (REP), que fez a solicitação para conhecer as demandas dos pacientes e quais as políticas públicas previstas do município para a população que tem a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla é a doença neurológica que mais afeta os jovens e adultos. O diagnóstico acontece, em média, aos 30 anos de idade e atinge mais as mulheres. No Brasil, estima-se que cerca de 35 mil pessoas convivem com a esclerose, que é uma doença sem cura.

O presidente da Associação Gaúcha dos Portadores de Esclerose Múltipla (AGAPEM), Ricardo Faria, disse que somente no estado existem em torno de 2.300 casos. “Muitos portadores da esclerose múltipla chegam no posto e pedem para fazer pulsoterapia e muitos enfermeiros não sabem o que é isso", disse ele, referindo-se ao tratamento com administração de altas doses de um medicamento em uma curta duração de tempo para redução da inflamação e estabilização da crise.

O neurologista Alessandro Finkelsztejn, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, comentou que as demandas dos segmentos público e privado não são muitos diferentes, mas que ambas possuem dificuldades. Com relação ao diagnóstico, o médico afirmou que os exames são de alto custo, como ressonâncias magnéticas ou punções lombares. Segundo ele, a maior dificuldade do SUS é a falta de acesso à ressonância para conclusão diagnóstica. “Quando a gente fala em conscientização da esclerose, começa desde a etapa do diagnóstico. A gente estima que metade dos pacientes tem diagnósticos já conhecidos.” Acrescentou que os medicamentos para o tratamento da esclerose fazem parte das políticas públicas do Ministério da Saúde.

José Freitas solicitou que seja enviado um ofício para a comissão relatando o que é necessário e ideal para o tratamento e acolhimento dos portadores da doença, para que o material seja encaminhado à Secretaria Municipal da Saúde.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)