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Cosmam trata de saúde animal, castração e leishmaniose

  • 7ª Reunião (Ordinária) da COSMAM – Saúde Animal, castração, Leishmaniose e contratos terceirizados com a presença de representantes da prefeitura e das entidades e comunidade.
    Defensores da causa animal acompanharam encontro da Cosmam nesta terça (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • 7ª Reunião (Ordinária) da COSMAM – Saúde Animal, castração, Leishmaniose e contratos terceirizados com a presença de representantes da prefeitura e das entidades e comunidade. Ao microfone, Viviane Ribas Loss, da Clinica Veterinária VIVIVET
    Castrações e a leishmaniose foram assuntos tratados na comissão (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião, na manhã desta terça-feira (28/03), para tratar da saúde animal, castração, leishmaniose e contratos terceirizados. Ficou encaminhada uma visita à Unidade de Saúde Animal e uma nova reunião sobre o tema, que foi sugerido pelo vereador Aldacir Oliboni (PT).

O vereador ressaltou que a pauta foi escolhida pois muitas clínicas estão fazendo as castrações, porém não recebem a totalidade destes procedimentos feitos.  Segundo o vereador, atualmente o Gabinete da Causa Animal não recebe nenhum tipo de verba, o que acaba piorando o atendimento. “É importante o governo se sensibilizar pelo que a população traz para nós. As pessoas que tratam de uma causa tão importante como esta têm que ter pelo menos um orçamento mínimo. Para que qualquer recurso que entre seja visto como acréscimo”, informou. 

A sócia-administradora da Clínica Veterinária ViviVet, Vanessa Garcia, falou sobre as dificuldades de ser uma clinica credenciada junto ao Gabinete Animal. No ano de 2022, a clínica castrou mais de 4 mil animais. Segundo Viviane, muitas vezes o tutor não tem condições de comprar os antibióticos, colar pós-cirúrgico e as roupas para serem utilizadas. “A cada animal que trazíamos para a clínica, nós entendíamos que não era somente uma castração. O impacto social é muito maior do que o planejado. Muitos aqui são cuidadores que estão aqui somente pelos animais, este é o nosso papel”, afirmou.

Representando o Gabinete da Causa Animal, a secretária Patrícia Martins informou que o gabinete faz todo o acompanhamento dos animais, com visitas ao local de origem, triagem e atendimento deles. Atualmente, existem nove clínicas credenciadas para a realização do programa de castração. Em relação a castrações, no ano de 2020 foram realizadas 4.541; no ano de 2021 foram 9.183 castrações; e no ano de 2022 foram 21.988 realizadas. “O programa está avançando mas muito o que melhorar também. Nós precisamos dos recursos para os animais. Nosso orçamento foi aprovado no ano passado e estamos planejados pra fazer o andamento do gabinete. Mas se tivermos mais emendas, conseguimos apoiar as clínicas”, ressaltou.

Leishmaniose

O veterinário Tiago Conceição trouxe dados referentes à doença, que cada vez atinge mais animais na Capital. Há poucos anos a cidade foi considerada uma zona endêmica, onde a transmissividade é variável por conta da presença do mosquito vetor da doença. Alguns dos sintomas são o sangramento nasal, lesão de focinho, o aumento das unhas e conjuntivite generalizada. Porém, muitos animais são assintomáticos. É recomendado pelo Ministério da Saúde que animais positivos sejam eutanasiados, porém, segundo o veterinário, a eutanásia não é uma metodologia capaz de melhorar os casos humanos. “Quem trata animal com leishmaniose precisa entender que este tratamento é para o resto da vida. Este animal precisa de consultas e controles que precisam ser feitos com frequência”, explica.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)