Tribuna Popular

CUT critica reformas e alerta para situação difícil da classe trabalhadora

Tribuna Popular com a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul.
Everton Gimenis, vice-presidente da CUT/RS (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Everton Gimenis, ocupou hoje (11/7) a Tribuna Popular na Câmara Municipal de Porto Alegre. Discursou sobre a situação da classe trabalhadora no Brasil e os desafios enfrentados na garantia das políticas públicas e por direitos históricos e constitucionais. 

Gimenis destacou o número de desempregados no Brasil, que, segundo o vice-presidente, é de cerca de 10 milhões de homens e mulheres. Ele criticou a promessa do governo, na reforma trabalhista, que traria 16 milhões de empregos. “Na época, nós das centrais sindicais já denunciávamos que isso era uma farsa. Porque a reforma trabalhista só tinha um objetivo que era tirar direitos dos trabalhadores e precarizar ainda mais a situação deles. E isso se confirmou, porque depois da reforma trabalhista não se gerou nenhum emprego desses 16 milhões, pelo contrário,  se gerou mais desemprego, mais informalidade.” 

“A reforma da Previdência foi também outra enganação para os trabalhadores. Também disseram que a reforma da previdência era necessária, mas que ela fez foi diminuir as chances de aposentadoria, diminuir as pensões e complicar cada vez mais a vida do povo trabalhador’, disse Gimenis. Segundo o vice-presidente da CUT, a crise econômica ainda afetou a renda mesmo dos trabalhadores com carteira assinada. 

“Com a inflação em alta, o poder de compra do trabalhador diminuiu muito. Nós vemos no nosso país cada vez mais trabalhadores, hoje inclusive, parcelando para compraar um botijão de gás. Portanto, todas essas promessas pós-golpe, das reformas trabalhista e da Previdência, se mostraram aquilo que nós vimos, se mostraram só ataques aos direitos dos trabalhadores e não trouxeram nenhum benefício”, relatou Gimenis.  

De acordo com ele, além de todos os problemas relatados, a desvalorização do salário mínimo também afeta a vida e a renda dos trabalhadores do país, junto ao que ele nomeou de precarização e desmonte do serviço público e as privatizações, que trouxeram mais desemprego. Gimenis afirmou que é necessÁrio revogar as reformas e as privatizações para que o Brasil possa gerar mias empregos com garantias aos trabalhadores.

Texto

Josué Garcia (estagiário de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)