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Escola Infantil reclama de foco de lixo

Apesar da proibição, moradores seguem colocando lixo em frente à escola Foto: Elson Sempé Pedroso
Apesar da proibição, moradores seguem colocando lixo em frente à escola Foto: Elson Sempé Pedroso
A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) visitou, na tarde desta terça-feira (21/5), mais uma escola de educação infantil conveniada com o Município. Nesta escola os gestores reclamaram de foco de lixo localizado em frente ao prédio. A Escola Infantil Nazaré II, no Bairro Mário Quintana, convive diariamente com o acúmulo de resíduos deixados pelos moradores, conforme os educadores.

Os atendentes da Nazaré II afirmaram que o problema é antigo e decorrente do fato de a empresa responsável pela coleta do lixo domiciliar não chegar até todas as residências para fazer o recolhimento, uma vez que as ruas são muitos estreitas e os caminhões não conseguiriam passar. Com isto, como disseram, os moradores, então, depositam o lixo na rua mais próxima em que cruza o caminhão coletor, e este local é, justamente, em frente à creche. Disseram ainda que no local a coleta acontece apenas nas terças e quintas-feiras.

“Nas segundas-feiras o cheiro é insuportável. A comunidade não quer caminhar para levar o lixo até onde deveria ser o recolhimento, poucos metros à frente daqui, e a prefeitura não quer, ou não consegue, ir até a porta das casas”, reclamou a coordenadora da escola, Eulinda Martins Antunes, ao lembrar que desde 2011 buscam uma solução junto ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) sem conseguir resolver o impasse, exceto por uma placa colocada em frente à escola avisando que no local é proibido depositar lixo – orientação que não é respeitada.

Eulinda afirou ainda que as conseqüências do acúmulo de resíduos são ratos, baratas e mau cheiro bem próximos das 120 crianças que diariamente frequentam a escola. As crianças, aliás, como Cauã e Lucas – ambos com menos de dois anos –, ao serem perguntadas pela coordenadora sobre como é o cheiro no pátio respondem de forma quase uníssona: “ruim”!

Para a vereadora Sofia Cavedon (PT), presidente da Cece, estas visitas periódicas – já foram mais de dez em 2013 – têm por objetivo identificar problemas que, às vezes, caem no esquecimento dos gestores públicos. “A Comissão foi chamada especialmente por causa da questão do lixo. Nós já havíamos tratado sobre o assunto com o DMLU, mas depois dos relatos que ouvimos teremos que recobrar da empresa coletora e do próprio departamento uma forma melhor de lidar com esta situação”, avaliou a vereadora.

Vandalismo e falta de repasse

Na visita, a Cece identificou ainda problemas relacionados com o vandalismo e a falta de repasse do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Somente no último final de semana, relatou a coordenadora da instituição, dezenas de vidros foram quebras e muitos brinquedos, materiais de construção e um ventilador foram furtados. Até uma bomba caseira foi atirada no pátio da creche.  

Com relação aos repasses do Pnae reclamados pela escola – segundo informaram, eles não recebem os recursos do programa desde 2009 –, a Cece se comprometeu em auxiliar na resolução do problema. “Nós precisamos identificar o porquê dos recursos chegarem de forma tão irregular ou não chegarem”, comprometeu-se Sofia, lembrando que este problema não é pontual da escola Nazaré II.

Os vereadores Tarcisio Flecha Negra (PSD) e Séfora Mota (PRB) também participaram da visita.

Texto: Gustavo Ferenci (reg. prof. 14.303)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)