Fórum avalia alternativas para geração de emprego e renda
A Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, nesta terça-feira (16/10), o Fórum Geração de Emprego e Renda. Ao abrir os trabalhos, pela manhã, a presidenta da Câmara, vereadora Maria Celeste (PT), destacou a importância de o Legislativo proporcionar uma discussão sobre o tema, buscando alternativas e soluções que levem ao desenvolvimento econômico da cidade. O evento ocorreu durante todo o dia no Plenário Ana Terra.
O prefeito José Fogaça lembrou que empresas já estão se beneficiando com a criação do Conselho Municipal de Emprego (CME), cujo papel é apoiar, financiar e realizar parcerias com o governo federal para a qualificação do emprego. Muitos jovens também foram beneficiados com o programa Pro-Jovem, que estimula o conclusão do Ensino Fundamental e a qualificação da mão-de-obra, oferecendo emprego e gerando renda, citou. Conforme o presidente do CME, João Casemiro Gonzáles, a entidade agrega várias forças de trabalho, embrião necessário para criar políticas de qualificação.
O presidente da Cefor, vereador Professor Garcia (PMDB), afirmou que o fórum teve como objetivo realizar uma reflexão coletiva de alternativas para a geração de emprego e renda, com a finalidade de desenvolvimento local e parcerias entre Executivo, Legislativo e comunidade.
Na opinião do vereador Adeli Sell (PT), é importante criar cursos de qualificação. Segundo ele, Porto Alegre é um pólo de alta qualificação e capacidade de empregabilidade, mas falta formação nas áreas de ciência e tecnologia, saúde e turismo. Esse tripé mostra que podemos incluir muitas pessoas no mercado de trabalho; só precisamos cursos de qualificação.
O secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio, Idenir Cecchim, lembrou que a lei que possibilita a emissão de alvarás provisórios, aprovada pela Câmara, é de extrema relevância, pois conseguiu reduzir os empregos irregulares. Hoje um alvará provisório é liberado em poucos dias, e os empregadores regularizam seu comércio, gerando emprego e renda com facilidade, sem burlar leis, comemorou. Outro fato positivo citado pelo secretário foi a descentralização dos cursos profissionalizantes.
O presidente da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE/RS), Adelar Fochezatto, afirmou que a melhor saída para a geração de renda e emprego é a criação de um centro de estudos que possa construir um banco de dados locais, conhecendo a realidade do mercado de trabalho.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores no RS (CUT/RS), Celso Woyciechowski, também defendeu a necessidade de formar mão-de-obra qualificada. Outra alternativa são as cooperativas que possibilitam experiências alternativas, gerando emprego e renda sem desempregar outras pessoas, citou.
À tarde, os empresários, sindicalistas e vereadores que participaram dos painéis concordaram em um aspecto: o meio mais eficiente para a geração de emprego e renda são os cursos de qualificação, principalmente na área da construção civil e do turismo. Foram palestrantes na segunda parte do fórum os vereadores João Antonio Dib (PP), Luiz Braz (PSDB) e Newton Braga Rosa (PP), o presidente da Portosol, Cristiano Mross, o vice-presidente da Federasul, José Antônio Belló, o presidente da Força Sindical/RS, Cláudio Janta, o presidente do Sindigêneros/RS, João Francisco Micelli Vieira, o presidente do Sinduscon, Carlos Alberto Aita, e o vice-presidente da Caixa/RS, Peri Sperotto Coelho.
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)