Instituto Federal da Restinga reivindica melhoria do transporte público
Uma escola nova e bem estrutura, mas com problemas de acesso. Esta é a realidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS) da Restinga, que virou pauta da reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) nesta quarta-feira (25/9), à noite, no Loteamento Industrial da Restinga.
Os problemas da escola, explicou o diretor-geral, Gleison Samuel do Nascimento, não são de hoje. Criado em 2010, o IFRS-Restinga mudou-se para o endereço atual mais afastado da região central do bairro e, por isto, com menos condições estruturais em junho de 2012 e, durante este tempo, houve uma série de reuniões com o Executivo e Legislativo a fim de conseguir melhorar as condições do entorno e de acesso.
Nascimento relata uma série de avanços, como a iluminação provisória ao redor do campus a definitiva deverá ser instalada até o início de 2014 , a limpeza no entorno e a ampliação das rondas noturnas para ampliar a segurança de estudantes e servidores. Outras demandas, contudo, ainda não foram colocadas em prática, como é o caso do aumento de oferta em linhas e horários de ônibus, que foi o tema principal da reunião de ontem, que contou com dezenas de alunos, servidores e representantes da comunidade.
A estudante Renata Maças, que se apresentou como aluna, trabalhadora e mãe, afirmou que o grande problema da escola é o descaso. Ela criticou o monopólio das empresas de transporte coletivo, diz que os horários são escassos e que a qualidade dos veículos deixa a desejar. Não vemos soluções e não aguentamos mais tantas reuniões que não servem para nada. Ela tem quatro propostas não só para o benefício da escola, mas para toda comunidade da região: a criação de uma linha alimentadora que circule nos bairros da zona sul; a concepção de uma linha T12 do bairro Belém Novo ao Sarandi; passe-livre gratuito aos estudantes e gratuidade para a alimentadora que leva as pessoas do terminal até o IFRS-Restinga.
Em resposta, Flávio Antonio Júnior, representante da EPTC, orientou que a implantação de novas linhas depende de estudos e que o aumento de horários precisa ser proporcional à demanda, o que no extremo sul não aconteceria de forma a justificar novas linhas ou aumento de oferta de horários. Ainda assim, ele se propôs a realizar novos estudos e terminar outros que estão em andamento.
Ao final, depois de dezenas de relatos sobre a necessidade de ampliar a oferta de ônibus para o local inclusive com a informação, comprovada a partir de um levantamento feito pela direção do IFRS-Restinga, de que cerca de 40% da evasão se dá pela dificuldade de transporte , a EPTC e a comunidade chegaram a um acordo para a inclusão de mais seis horários de ônibus da linha A-15 (do terminal Nilo Wulff até o Instituto).
A presidente da Cece, vereadora Sofia Cavedon, avaliou que a resposta da prefeitura às demandas da comunidade ainda estão aquém do necessário, mas considerou positivo o progresso na resolução dos problemas. No próximo mês, provavelmente no dia 25 de outubro, será realizada uma nova reunião para avaliar as mudanças e continuar o processo de melhoria das condições de transporte para a escola e a região.
Texto: Gustavo Ferenci (reg. prof. 14.303)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)