Moção de repúdio

Moção de Repúdio é aprovada por unanimidade contra autora que escreve livro sobre como realizar um suicídio

Moção de Repúdio é aprovada por unanimidade contra autora que escreve livro sobre como realizar um suicídio
Moção de Repúdio é aprovada por unanimidade contra autora que escreve livro sobre como realizar um suicídio

Na tarde de ontem, 06 de outubro, foi aprovada a Moção de Repúdio, de autoria da Vereadora Psicóloga Tanise Sabino, Presidente Frente Parlamentar da Promoção à Saúde Mental e da Frente Parlamentar de Prevenção ao Suicídio e Automutilação, referente à coletânea de livros da escritora Jéssica Düber. A Moção, aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, repudia as obras da autora, que têm como finalidade orientar as pessoas a realizarem atos suicidas.

 

O site em que os exemplares estavam sendo disponibilizados já suspendeu a venda dos materiais em português, no entanto, os livros ainda podem ser adquiridos em outras línguas. Entende-se que o “suicídio é um problema sério de saúde pública e não podemos aceitar que esse tipo de livro seja vendido, independentemente do idioma”, reforçou a Vereadora e Psicóloga em seu pronunciamento na tribuna. Segundo a parlamentar, “assim que tomei conhecimento do tema desta obras, me despertou preocupação e repúdio, e a partir disso, encaminhamentos requerimento da moção como forma de protesto”. 

 

Os dados são alarmantes. De 800 mil a 1 milhão de pessoas realizam suicídio no mundo. E há uma média de dez tentativas a cada suicídio realizado, sendo mais frequente entre jovens de 15 a 29 anos e idosos acima de 60 anos. A cada 45 minutos uma pessoa realiza suicídio no Brasil. As mulheres realizam mais tentativas de suicídio, por outro lado, os homens são os que mais concretizam o ato. Segundo especialistas, a principal causa tem sido a depressão e, por isso, é fundamental desenvolver estratégias de prevenção e políticas públicas.

 

Segundo a parlamentar, devemos atentar para os sinais de alerta, fatores de risco e de proteção, sobre o que fazer e o que não fazer nessas situações e como podemos ajudar quem mais precisa. “Mais do que falar sobre o suicídio, é fundamental falar sobre sobre a promoção à saúde mental, resiliência e superação”, reforçou.