Plenário

Moção repudia Simpa por discriminação em propaganda institucional

Votação da proposta foi realizada em sessão extraordinária na noite desta segunda-feira

Manifestação de municipários contra as mudanças na previdência propostas pela Prefeitura.
Representantes do Sindicato na tarde desta segunda-feira, em manifestação no acesso à Câmara Municipal (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Moção de Repúdio ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), assinada por sete vereadores e vereadoras, foi aprovada pelo plenário da Câmara Municipal durante sessão extraordinária realizada na noite desta segunda-feira (17/5). A proposta recebeu 21 votos favoráveis e 13 contrários. O repúdio é manifestado em “decorrência de atos de discriminação aos trabalhadores privados da área de saúde, durante propaganda institucional.” É explicado também que a referida peça publicitária externa serem contratadas pessoas sem preparo, as quais estariam arruinando o atendimento no Hospital de Pronto-Socorro, e que "somente servidores públicos garantem qualidade." O texto é assinado por Ramiro Rosário (PSDB), Felipe Camozzato (Novo), Comandante Nádia (Dem), Mauro Pinheiro (PL), Fernanda Barth (PRTB), Clàudio Janta (SD) e Mari Pimentel (Novo).

Conforme explicam ainda os vereadores que assinam a Moção, há na referida propaganda institucional do Simpa “clara discriminação pela origem social dos trabalhadores da área da saúde”. O argumento em defesa do Repúdio segue: “Os médicos, enfermeiras e técnicos que trabalham no setor privado no enfrentamento da pandemia não podem ser tratados como profissionais de segunda categoria por não terem optado pelo vínculo da área pública”. Na conclusão do texto é dito que: “Embora seja possível a propaganda institucional contra as políticas públicas municipais, por estarmos em uma democracia que garante o livre exercício de ideias, opiniões e manifestações, elas não devem conter teor discriminatório e que impliquem em diminuição do papel fundamental desempenhado pelos profissionais de saúde empregados em organizações privadas e que atuam na linha de frente durante a pandemia da Covid-19”.

 

Texto

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)