Pais de autistas cobram atendimento em saúde e educação

A Tribuna Popular recebeu, nesta segunda-feira, integrantes do Projeto Social Angelina Luz, do qual fazem parte 502 crianças autistas em situação de vulnerabilidade social. Presidente da instituição, Érika Dallavecchia, mãe de uma menina autista com 5 anos, disse que veio à Câmara emprestar a voz às famílias atípicas do projeto, a fim de mostrar à sociedade que elas existem e estão cansadas de verem os filhos enterrados vivos dentro de casa, sem direito à tratamento especializado, porque o SUS não oferece. Disse que também estão cansadas de brigar diariamente em busca dos seus direitos, porque há leis federais, estaduais e municipais muito boas, mas que só existem no papel. Segundo Erika, há mães vivendo praticamente em prisão domiciliar, vendo seus filhos convulsionando e sem nenhum tratamento, razão pela qual clamam por existência e dignidade. Lúcia Marcelino, de 53 anos, mãe de Alexandre, de 30 anos, manifestou preocupação com o futuro do filho, que é autista severo, deficiente múltiplo (cego, surdo e mudo), usa fraldas e toma mamadeira. E juntou-se às centenas de pais que lutam por tratamento de saúde, educação e dignidade aos filhos autistas. Ouça a íntegra das manifestações.