Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Sessão ordinária remota.
    Vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão ordinária remota.
    Vereador Alexandre Bobadra (PSL) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Em sessão ordinária realizada na tarde desta quarta-feira (24/2), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em período de Liderança:

 

SECRETÁRIO - Aldacir Oliboni (PT) disse que a decisão da Mesa Diretora, neste momento de calamidade pública pelo avanço da Covid-19, foi certa. "Lamentamos que o governo anterior não tenha tido um plano de combate ao coronavírus e que o atual ainda não tenha conseguido apresentar algo que pudesse conter o avanço e monitorar os que contraíram.” Falou que é necessário planos de compra de respiradores, testagem de servidores e aumento no número de leitos. "Percebemos um descompasso entre o núcleo central de governo e o próprio secretário municipal da Saúde em relação às ações que devem ser feitas para ontem.” Mencionou a lentidão na vacinação da Capital e sugeriu a presença do secretário da Saúde na Casa todas as segundas-feiras para discutir o assunto. (LMN)

 

INCOERÊNCIA - Cláudio Janta (SD) comentou a fala do colega Aldacir Oliboni (PT) e criticou a falta de coerência entre discurso e prática vinda de algumas pessoas. "Falamos que temos que votar apenas coisas da covid e hoje temos em torno de 40 frentes parlamentares (a serem criadas) e outros projetos para votação. Não podemos falar algo e depois fazer outra coisa.” Lembrou dos colegas e funcionários infectados e internados e falou sobre as novas medidas restritivas na Capital. “Só é bom estar em casa para quem tem seu salário garantido no final do mês. É uma atrocidade o que o governador fez ao fechar o comércio às 20h. Ele sabe quantos empregos está ameaçando?” (LMN)

 

APOIO - Mônica Leal (PP) disse ter ficado surpresa com a manifestação de Aldacir Oliboni (PT), que tentou atribuir a culpa ao secretário da Saúde, um “médico experiente que está imerso nesta pandemia”. Ela disse que nunca viu, em toda sua vida política, um trabalho tão forte como o do atual prefeito junto ao secretário. “Estamos vivendo o maior pico da pandemia, consequência da irresponsabilidade de muitas pessoas. Cada dia acordamos com um pensamento diferente. É normal que tenhamos este sentimento frente a essa calamidade. O que temos que fazer é trabalhar, apoiar e reconhecer o trabalho do governo.” Disse que é papel da Câmara apoiar o prefeito para que ele possa abrir mais leitos e contratar mais equipes. (LMN)

 

CONTRÁRIO - Idenir Cecchim (MDB) disse que o discurso de Oliboni é repetitivo e que parece que ele quer “botar ovo no ninho dos outros”. Falou que o atual prefeito Sebastião Melo diz, desde a época de campanha que, se necessário, compraria vacinas. “Não precisamos fazer demagogia de querer trancar a cidade só porque já temos salário garantido. Ainda bem que nossos governantes têm sensibilidade e conseguiram fazer em poucos dias muito daquilo que é necessário.” Falou sobre a diretora do Hospital de Clínicas e disse que ela está espalhando terror. “Ajudamos muito na ampliação do hospital, e agora se descobriu que o sexto andar está completamente vazio ao invés de receber pacientes da Covid”. (LMN)

 

VACINA - Roberto Robaina (PSOL) defendeu a compra imediata de vacinas pelo Município. “Sobre o secretário municipal de Saúde, digo que ele precisa agir. Por causa da negligência do governo federal, não temos vacinas e agora temos atrasos que provocam crescente colapso.” Robaina lembra que já existe um esgotamento dos serviços de saúde por causa da irresponsabilidade do governo federal. Concordou com a proposta de que todos os partidos destinem emendas parlamentares para a compra de vacina e apelou para a contratação de profissionais de saúde. "É fundamental a readmissão dos servidores do Imesf.” Sobre o tema do transporte, ressaltou que o PSOL tem várias propostas, como o pagamento das multas que as empresas devem à prefeitura. (PB)

 

FEDERAL - Pedro Ruas (PSOL) criticou o governo federal por ter sido omisso em relação à vacinação em massa e lamentou que o Executivo municipal siga caminho semelhante. O vereador informou que a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses ao Brasil, mas o governo federal não quis. “E o nosso governo municipal segue a mesma linha desse governo. Sem saúde não há economia.” Pedro Ruas enfatizou ainda que o PSOL não vai aceitar que o partido seja criticado quando tem divergências com o prefeito. E chamou a atenção de que, se o governador definiu que a Capital tem características de bandeira preta, não se explica que o Município adote o comportamento de bandeira vermelha. "Isso tudo precisa ser revisto pelo prefeito e que se cumpram as determinações do governo do Estado”, finaliza. (PB)

 

CAOS - Bruna Rodrigues (PCdoB) trouxe dados sobre a primeira onda da pandemia na Capital, que apresentou 64 casos de internação por covid-19. Na segunda onda, segundo ela, houve 67 casos e, na terceira, outros 177. "E isso só vem aumentando.” A vereadora ressaltou que recebeu denúncias do Pronto Atendimento da Cruzeiro, que continua sem gestão, e da UPA Moacir Scliar, que trabalha com 300% acima da capacidade do seu atendimento. A nossa cidade está em um tremendo caos. E é nesse cenário que a Câmara precisa estar atenta a ajudar a Capital a sair dessa situação. Não podemos pensar em debates ideológicos. Uma alternativa é a de antecipar um número maior recursos para encaminhar ao Executivo para a compra de vacinas”. (PB)

Texto

Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)