PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário, na tribuna vereador Ramiro Rosário.
    Ramiro Rosário (Novo) (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)
  • Movimentação de plenário, na tribuna vereador Roberto Robaina
    Roberto Robaina (PSOL) (Foto: Júlia Urias/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (17/4), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre abordaram as seguintes pautas:

ANTIFASCISMO - Roberto Robaina (PSOL) anunciou que, nos dias 17, 18 e 19 de maio, acontecerá na Capital uma conferência antifascista. Ele criticou a extrema-direita e o neoliberalismo e condenou as ações do presidente da Argentina, Javier Milei. “Existe hoje um fenômeno mundial de crescimento de forças da extrema-direita e de posições que afirmam um projeto que dialoga com o neofascismo, esse projeto autoritário de ataque às liberdades democráticas e à organização da classe trabalhadora”. Robaina afirmou que a conferência deve representar a organização da classe trabalhadora, internacionalmente, contra alterações legislativas que visam impedir a organização dos trabalhadores. (BPA)

FAKE NEWS - Jonas Reis (PT) repudiou os ataques de ódio e as fake news disseminadas nas redes sociais. “Esses bandidos, ladrões, estão tentando atacar vereadores e vereadoras, como eu, que defendem a democracia e a soberania. Vamos continuar defendendo que canalhas vão para a prisão, que golpistas vão para a prisão. Essas pessoas tentam dar um golpe e querem garantir isso nas redes sociais, divulgando livremente. Por isso, queremos regulamentação das redes sociais. Chega de ódio, desse inferno de mentiras e fake news atacando as pessoas.” (LP)

CRÍTICAS - Aldacir Oliboni (PT) criticou a atual gestão da Prefeitura de Porto Alegre nos seguintes aspectos: obras inacabadas, coleta de lixo, superlotação de hospitais, transporte público, privatização da CEEE e da Carris e a possível concessão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). O vereador também comentou sobre o recente fechamento da unidade de pronto atendimento de saúde da Lomba do Pinheiro por conta da falta de infraestrutura. “Infelizmente, esse governo não dialoga com a vida da cidade e do cidadão no dia a dia. Olha o que está acontecendo com a nossa adorada Porto Alegre, onde moramos e andamos todo dia pelas comunidades ouvindo as reclamações do povo”.  (RR)

COMUNISMO - Ramiro Rosário (Novo) equiparou o comunismo ao nazismo e criticou a ausência deste tema no seminário antifascista divulgado pelo vereador Roberto Robaina. Reivindicou a situação econômica da Argentina e o governo do presidente Milei como exemplos a serem seguidos no Brasil. "A Argentina deve servir de modelo para o governo brasileiro. Dá exemplo das medidas a se tomar agora: controle inflacionário, congelamento de salários e demissões de servidores públicos". (TP)

CENSURA - Fernanda Barth (PL) acusou o vereador Jonas Reis de defender a censura quando se manifestou a favor da regulamentação das redes sociais. “O vereador não conhece a Constituição, que já prevê calúnia, difamação e mentira como crimes”. Ela criticou os defensores do governo do presidente Lula e o aumento da dívida pública do Brasil para 86,7% do PIB em 2024. Em resposta ao vereador Robaina, afirmou que a extrema-direita não existe no País e que a esquerda precisa colocar todas as ideologias juntas no debate contra o fascismo. “Queremos ver todos tratados da mesma forma, todas as ideologias que odeiam a liberdade de expressão e a pluralidade democrática e política”. (BPA)

SAÚDE - Mari Pimentel (Republicanos) discursou sobre a superlotação do sistema de saúde do município e criticou a falta de debate e de posicionamento por parte dos parlamentares em relação ao tema. “Em meados de abril, nosso sistema de saúde está falido. Não estamos discutindo isso aqui na Câmara, as capas dos jornais estão debatendo por nós". Ela também afirmou que "o governo se omite de passar informações fidedignas" sobre a pauta. (LP)

DESIGUALDADE - Giovani Culau e Coletivo (PCdoB) abordou a recente aprovação no Senado da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que criminaliza o porte de qualquer quantidade de droga. Culau acredita que este projeto contribui para a perseguição policial de jovens pobres e negros e que a verdadeira solução para o tema das drogas é tratá-lo como uma questão de saúde, não de prisão. “Essa guerra às drogas atinge só uma parcela da população. O mundo nos mostra que, para enfrentar esse tema, ele precisa ser tratado como saúde pública". O vereador defendeu a abordagem da redução de danos e a "garantia de direitos e de oportunidades para que a juventude possa construir um novo futuro.” (RR)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim, Renata Rosa e Theo Pagot (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)