Plenário Virtual

Sessão Ordinária Virtual - Lideranças

31ª Sessão Ordinária.
Legislativo vem realizando seus trabalhos por videoconferência (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Na tarde desta segunda-feira (3/8), em sessão ordinária virtual, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em período de Lideranças:

PETIÇÃO - Adeli Sell (PT) ressaltou a importância de discutir questões da administração pública municipal e falou sobre petição que protocolizou no Ministério Público, acerca da plataforma Córtex, a qual, segundo ele, “usurpa dados pessoais de professores e alunos da rede municipal de ensino”. Adeli afirmou que os técnicos da Procempa não foram consultados sobre o uso desse sistema e apontou que Adriano Naves de Brito, secretário municipal da Educação, não tem legitimidade de fazer esse procedimento, além de massacrar os professores da rede municipal de ensino. Adeli destacou ainda que sua petição foi feita com “estudo, pesquisa e embasamento jurídico”. (RF)

IMPEACHMENT - Felipe Camozzato (Novo) reiterou sobre os mais de 50 pedidos de informação vencidos encaminhados à prefeitura e recordou que diversas vezes falou sobre essas questões e alertou que após a reiteração da CCJ não há outra instância para a cobrança desses pedidos. Por isso, Camozzato propôs alteração no regimento interno da Câmara Municipal a respeito dessa questão. A respeito de pedido de impeachment do prefeito Marchezan Júnior protocolado na última sexta-feira (31/7), Camozzato perguntou se será apreciado pelos vereadores e como o Legislativo irá proceder com essa questão, pois “é interesse de todos os legisladores”. (RF)

ESCOLAS – A partir de conversas com diretores e professores da rede municipal, Prof. Alex Fraga (PSOL) afirmou que a ferramenta Córtex é “muito ruim”. O vereador destacou que a prefeitura tem contrato com a Google, que tem um sistema semelhante ao Córtex e que, ao invés de utilizá-lo, “contratou uma empresa sobre a qual não se tem segurança a respeito dos dados das crianças”. Fraga criticou o novo sistema de classificação das escolas municipais como de difícil acesso. “A Secretaria demonstra sua total ignorância com a rede do município. Essa reclassificação é doentia”. O vereador trouxe o exemplo de duas escolas do extremo Norte, que mesmo situadas no mesmo terreno, têm classificações diferentes. Para o vereador, “o secretário não conhece nossas escolas, estudantes e professores”. (RF)

TESTAGEM - Aldacir Oliboni (PT) lembrou que há menos de 40 dias se votou o projeto que obrigava testagens na população, o qual foi vetado por Marchezan e deve ser avaliado nesta terça-feira (4/8), na CCJ. O vereador recordou que o governo comprou 120 mil testes e até sexta-feira (31/7) tinha testado cerca de 18 mil pessoas. “A demanda dos serviços essenciais é de que todos aqueles que apresentem sintomas possam ter a testagem, o que não é feito, são apenas mandados para casa”, afirmou Oliboni, dizendo que “não há como não defendermos a testagem, ela devia ser em massa”. Para o vereador, não há como a prefeitura fazer um monitoramento dos casos, pois “nem aqueles que apresentam sintomas são testados”. Oliboni apelou para a Câmara votar contra o veto do prefeito. (RF)

VISTORIAS - Cassiá Carpes (PP) seguiu a mesma linha dos vereadores Felipe Camozzato (Novo) e Adeli Sell (PT). “Há mais de 15 dias adentrei no Ministério Público porque não recebi informações sobre as condições técnicas dos viadutos, pontes e passarelas da capital. A resposta da prefeitura foi um relatório com apenas 28 dessas 50 construções. Pegaram apenas algumas para ‘satisfazer’ minha vontade de ver as vistorias”. O vereador ainda disse que as recomendações de manutenção foram todas feitas a partir de análise superficial e meramente visual. “Não se pode atestar a real capacidade da estrutura ou  de anomalias mais significativas sem instrumentos adequados para isso.” Falou que entregou nesta segunda-feira (3/8) mais um ofício sobre essas questões e disse que a qualquer momento podemos ter uma tragédia em Porto Alegre em decorrência disso. (LMN)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)