Ponta Grossa defende projeto declarando área como de Preservação Permanente
Local tem 29 hectares e é rico em espécies da fauna e flora nativas da Mata Atlântica.
Sidney Emerim falou em nome dos moradores e defendeu aprovação da proposta (Foto: Henrique Ferreira Bregão) 
Vereadores manifestaram apoio ao tema tratado na Tribuna Popular (Foto: Henrique Ferreira Bregão)
“Nós passamos, a cidade fica”. Ao fazer esta afirmação no período de Tribuna Popular da sessão ordinária desta segunda-feira (24/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre, Sidney de Andrade Emerim destacou que a aprovação de projeto de lei ora em tramitação na casa legislativa, declarando como Área de Preservação Permanente (APP) parcela de propriedade situada na Estrada Retiro da Ponta Grossa, será uma garantia de preservação de um bioma rico em flora e fauna na zona sul da Capital. Emerim falou no Legislativo municipal pela Associação dos Moradores da Estrada Retiro da Ponta Grossa (Amoerp).
Ao defender a proposta, o orador lembrou que, para a elaboração do projeto que está sendo avaliado pela Câmara Municipal, foram obedecidas todas as instâncias legais necessárias, como a realização de audiência pública, levantamento topo e fotográfico, além da emissão de laudo ambiental. Conforme salientou, esse trabalho foi desenvolvido voluntariamente por integrantes e amigos da Amoerp. O espaço pelo qual é solicitado a designação de APP tem um total de 29 hectares e está localizado próximo ao número 4102 da estrada.
O local, conforme Emerim, já está declarado como de preservação por decreto municipal. “Queremos agora uma lei para termos melhores garantias na preservação”, explicou. ”Com uma lei, essa questão passa a outro patamar hierárquico legal”, salientou o representante da Amoerp. “O projeto dispensa defesa. Viemos aqui apenas e tão somente para uma exposição de detalhes que fundamentam nossa pretensão legal”. No Legislativo porto-alegrense, o texto foi protocolado pelos vereadores Dr. Thiago Duarte (DEM) e Luciano Marcantônio (PTB).
Emerim lembrou ainda que o local é formado por remanescentes da Mata Atlântica, sendo habitat de espécies animais como o bugio, além de ter várias vertentes e fontes de água. “Lá fica a bacia de amortecimento do Arroio do Salso, de fundamental importância para o escoamento das águas da região”, revelou. “É um sistema de relevância para o sistema de esgotos pluviais da cidade”. Ele destacou ainda que, com a aprovação da proposta, os vereadores terão uma “oportunidade ímpar e invejável de presentear a cidade com bioma riquíssimo de flora e fauna”.
Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Editor: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)