PLENÁRIO

Porto Alegre vai ter casa de acolhimento para autistas

  • Vereador Claudio Janta
    Vereador Claudio Janta (SD) (Foto: Isabelle Rieger/CMPA)
  • Frente parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas Autistas.
    Frente em defesa dos direitos desta parcela da população foi instalada há três anos (Foto: Giulia Secco/CMPA)

A capital gaúcha vai ter uma casa de acolhimento para adultos com transtorno do espectro autista em risco, abandonados ou órfãos. Projeto neste sentido foi aprovado durante a sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (24/5). A proposta foi apresentada pelo vereador Claudio Janta (SD). O novo espaço deve oferecer atendimento pedagógico, por meio de laboratórios e oficinas de aprendizagem, de atividades físicas e culturais, coordenadas por profissionais da área da saúde, educação, esporte e cultura. Precisa, ainda, garantir a convivência da pessoa com um tutor ou familiar e atender às exigências da política nacional de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista. Para cumprir a lei, o município pode usar casas ou prédios desabitados de sua propriedade ou dinheiro do orçamento destinado à Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC). Tanto o já previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), quanto o destinado por emendas que forem apresentadas pelos vereadores. O assunto foi discutido pela comissão de Saúde em dezembro. O autismo é um grupo de alterações no desenvolvimento do cérebro que prejudica a evolução do aprendizado da criança como um todo. São comprometidos, em especial, a comunicação, tanto com palavras quanto com gestos ou expressões e a capacidade de se relacionar social e emocionalmente com as outras pessoas. Até o olhar nos olhos de outras pessoas e com isto estabelecer algum tipo de contato com os outros, para eles, é difícil. Os autistas, em geral, parecem viver isolados, num mundo só deles e costumam ter uma sensibilidade exagerada, ao barulho, por exemplo. Também têm interesses e repetem uma quantidade de movimentos muito restritos e intensos. Possuem, ainda, uma espécie de aversão ao toque e qualquer mudança de rotina ou situações novas e inesperadas podem provocar lhes muita ansiedade, medo, irritação e até um desespero por voltarem, o mais rápido possível, ao que já conhecem, à repetição. Ouça.

 

Texto

Joel Ferreira (Reg. Prof. 6098)

  • Vereador Cláudio Janta (SD)