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Prefeitura explica ações para garantir arborização adequada na cidade

  • Operacionalização do plantio ao manejo arbóreo de Porto Alegre.
    Pauta da reunião surgiu após questionamentos da população (Foto: Marlon Kevin/CMPA)
  • Operacionalização do plantio ao manejo arbóreo de Porto Alegre.
    Comissão ouviu técnicos sobre a situação da cobertura vegetal na Capital (Foto: Marlon Kevin/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre tratou hoje (19/3) das providências que os órgãos públicos estão tomando em relação aos efeitos dos eventos climáticos sobre a vegetação urbana. A reunião foi presidida pela vereadora Lourdes Sprenger (MDB).

Conforme Lourdes, o encontro foi agendado porque a Câmara tem recebido inúmeras manifestações da população sobre as ações implementadas ou planejadas para evitar os transtornos ocorridos após temporais como o deste ano. "Cada órgão tem sua rotina de trabalho e é importante que as pessoas saibam como funciona, até para que possam direcionar suas queixas aos devidos responsáveis", salientou a vereadora.

Técnicos das secretarias municipais de Meio Ambiente (Smamus) e de Serviços Urbanos (Smurb) explicaram aos vereadores a sistemática de trabalho, ressaltando que a maior preocupação agora é com o planejamento de podas, de plantio e de substituição dos vegetais derrubados pelos temporais. O diretor de Áreas Verdes da Smamus, Alex Pereira de Souza, enfatizou que o foco é a escolha da árvore adequada para cada local da cidade. "Um plantio inadequado, como muitas vezes foi feito no passado, acarreta problemas no futuro." Por isso, acrescentou, agora está sse investindo no planejamento de novas arborizações e no diagnóstico da rede vegetal atual.

A coordenadora de Arborização da Smamus, Verônica Riffel, reforçou que o objetivo agora é planejar o plantio, priorizando a qualidade e não mais a quantidade. "Um melhor tratamento do solo na hora do plantio, canteiros maiores e uma seleção mais aprimorada das espécies vão garantir que, no futuro, haja menos conflito entre as árvores e os equipamentos urbanos ao seu redor."

O coordenador da Unidade de Podas e Remoções da Smurb, Tiago Bernd, esclareceu sobre as características das árvores que caíram durante o temporal. Conforme ele, ao contrário do que se imagina, não foram árvores doentes as maiores vítimas. Disse que 75% das árvores caídas eram de grande porte e saudáveis. "Caíram por serem grandes mas com raízes pequenas, porque a cidade cresceu em volta e não deixou espaço para as raízes se desenvolverem." Quanto à remoção dos resíduos, disse que a Equatorial não removeu nada e que o trabalho foi realizado por equipes próprias e terceirizadas da Prefeitura, com apoio do Exército.

TAC

Em relação ao trabalho futuro de podas, especialmente junto à rede elétrica, tanto a Prefeitura quanto o governo do Estado informaram que ainda esta semana deve ser assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as empresas de energia elétrica e as prefeituras. "Com este acordo, ficarão definidas as responsabilidades e tarefas de cada órgão quanto às podas junto à fiação", explicou o representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), engenheiro elétrico Francisco Soares.

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Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)