Comissões

Presidente da Amorb denuncia omissão da Brigada Militar, Samu e Cristo Redentor

Cleusi disse que filho baleado não foi socorrido pela BM  Foto: Cristiane Moreira
Cleusi disse que filho baleado não foi socorrido pela BM Foto: Cristiane Moreira
A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), ouviu na tarde desta terça-feira (11/2), o depoimento de Cleusi Coelho da Rosa, presidente da Associação de Moradores do Bairro Ruben Berta. Seu filho Lucas Alexsandro Seré da Rosa, de 23 anos, foi assassinado no dia 19 de dezembro do ano passado no bairro Ruben Berta. O presidente da Cedecondh, vereador Alberto Kopittke (PT), prometeu agendar uma reunião com o secretário Airton Michels, da Secretaria Estadual de Segurança e com a coordenação do Samu da Capital, além de encaminhar o caso ao Programa de Proteção a Vítimas e a Testemunhas ameaçadas devido às denúncias relatadas por Cleusi. 

Cleusi contou à comissão que estava reunido na Amorb quando soube que seu filho havia sido baleado. “Fui tirar um xerox na entrada da associação e vi entrar uma funcionária e seu marido e, ao se aproximarem de mim, começaram a falar: "Cleusi, deu azar”, se referindo ao ataque ao filho dele. Saiu então correndo da reunião em direção ao núcleo 18 e entrou num beco, saindo na Wenceslau. Quando chegou, disse ele, ao lado do corpo já coberto estava um policial da BM. "Levantei o lençol para olhar o rosto do meu filho e agarrei no seu braço, quando notei que havia pulsação”, salientou. 

O presidente da Associação pediu para o policial chamar a Samu, pois seu filho estava vivo. “Meu filho estava no asfalto cerca de 1h10min e repeti ao policial que ele estava vivo. O policial respondeu que não chamaria a Samu porque Lucas estava morto. Depois de alguns minutos, por insistência de outros moradores, a Samu apareceu para atender o caso. “Os enfermeiros colocaram o dedo no pescoço do Lucas, pegaram no pulso e disseram: não adianta mais, ele está morto.” 

Mesmo assim, Cleusi pediu que encaminhassem seu filho ao Hospital Cristo Redendor. No hospital, o líder comunitário disse que foi ameaçado por seguranças e que um deles agrediu seu filho mais velho com um cacetete. “Meu filho nem no hospital foi socorrido”, afirmou. 

Texto: Guga Stefanello (reg.prof. 12.315)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)