Sessão Solene

Presidente da ARI recebe título de Cidadão de Porto Alegre

Torma (d) com os vereadores Ferronato, Adeli e a promotora Karin Genz Foto: Mariana Fontoura
Torma (d) com os vereadores Ferronato, Adeli e a promotora Karin Genz Foto: Mariana Fontoura

O presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Pereira Torma, foi agraciado com o Título de Cidadão de Porto Alegre nesta terça-feira (23/8) em sessão solene realizada no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal. Entregue em forma de medalha com o Brasão de Porto Alegre e diploma, a concessão do título foi proposta pelo vereador Airto Ferronato (PSB) e aprovada por unanimidade.

Ferronato disse que a homenagem a Torma destaca também a contribuição da ARI, da imprensa e dos jornalistas. Lembrou que a entidade está e sempre esteve em todos os grandes momentos da cidade. Ferronato destacou a biografia de Torma, mas disse que somente uma frase dita por ele já justificaria a distinção entregue pela Câmara. Segundo o vereador, Torma cita que o grande fato de sua vida foi a mudança para Porto Alegre, vindo de Rio Grande, sua cidade natal. “Sua chegada foi importante para ele e importantíssima para nós, por sua história e o que fez e ainda fará pela capital do povo gaúcho”, declarou.

Torma agradeceu o título, lembrando que escolheu viver em Porto Alegre, em 1968, para conseguir desenvolver-se no que mais gostava de trabalhar: a imprensa. Contou que, na primeira semana na Capital, começou a visitar a chamada Esquina da Comunicação, no cruzamento da Avenida Borges de Medeiros e Rua dos Andradas, onde funcionavam os Diários e Emissoras Associadas. “Ficava encantado, via passar por mim figuras que só ouvia pela Rádio Farroupilha”, lembrou. “Estavam ali e conversavam comigo.”

Na mesma semana, conforme relatou, Torma passou a trabalhar na Editoria de Polícia do Diário de Notícias. “Porto Alegre tinha outro formato e esse meu ingresso permitiu o que hoje julgo impossível: em poucos meses, conhecia a cidade inteira, inclusive suas vilas periféricas”, afirmou. Depois, foi para Zero Hora, onde ficou 25 anos, também na  Editoria de Polícia. Paralelamente, se aproximou da ARI, constatando o esforço de seu então presidente, Alberto André, para inserir a entidade em todas as importantes discussões sobre a cidade. “Hoje ainda temos representantes em vários colegiados”, informou.

No comando da ARI desde 1996, Torma disse que tem a consciência da contribuição da entidade, mas acredita que é “possível provocar um pouco mais”. Dessa forma, conforme ressaltou, a ARI tem promovido projetos culturais e de “defesa de ideias”, entre eles dois Fóruns das Águas e um seminário sobre inclusão social dos negros. Torma ainda destacou a parceria com o Memorial da Câmara e com a Ufrgs para a criação do Laboratório de Recuperação do Acervo de Alberto André. Segundo ele, depois da restauração de todo o material doado pela viúva de André, deverá ser criado um memorial sobre o ex-presidente a ARI.

A solenidade foi presidida pelo vereador Adeli Sell (PT). Além de Torma compuseram a mesa representantes do governo do Estado, da Prefeitura da Capital, do Foro da Comarca de Porto Alegre, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas do Estado, do Sindicato das Empresas de Rádio e TV do RS, da OAB-RS e do Conselho dos Cidadãos Honorários de Porto Alegre.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)