Plenário

Proposta institui o Museu do Percurso Negro em Porto Alegre

  • Bará do Mercado Público: mosaico que marca homenagem ao orixá da Umbanda. Mercado Público de Porto Alegre. Centro Histórico.  Religião de matriz africana.
    Bará do Mercado Público é um dos pontos do Percurso Negro (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Vereador Matheus Gomes
    Matheus Gomes (PSOL) (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Começou a tramitar na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que institui o Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre. A proposta foi apresentada em 2021 pelo então vereador Matheus Gomes (PSOL) e desarquivada em 2025 a pedido da vereadora Grazi Oliveira (PSOL).

O projeto prevê que o Museu de Percurso do Negro será compreendido pelas seguintes áreas públicas e estruturas do espaço urbano: Monumento do Tambor, localizado na Praça Brigadeiro Sampaio, antigo “Largo da Forca”; Pegada Africana, localizada na Praça da Alfândega em frente ao Clube do Comércio de Porto Alegre, antigo “Largo da Quitanda”; Bará do Mercado Público, localizado no centro do referido prédio histórico; Painel Afro-brasileiro, localizado na Praça XV de Novembro; Pelourinho, localizado em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, na Rua dos Andradas; cais e docas do ancoradouro e trapiche antigos, localizados na Praça da Alfândega, entre a antiga alfândega em frente ao Clube do Comércio de Porto Alegre e a antiga Praça do Comércio, junto ao ancoradouro antigo que ficava em frente ao atual Memorial do Estado do Rio Grande do Sul; Esquina do Zaire (Esquina Democrática), localizada na esquina da Rua dos Andradas (antiga Rua da Praia) com a Avenida Borges de Medeiros (antiga Rua do Poço); quilombos urbanos; e percursos carnavalescos.

"Das memórias e pesquisas, surgem cada vez mais fatos que denotam a presença marcante de afrodescendentes na cidade, na sua construção, na sua rotina, desde sua fundação, no século XVIII. A luta por afirmar a presença negra é também que a nomeação da cidade, dos seus espaços, apresente essa parte da população apagada da sua memória. É preciso popularizar a presença negra na construção de Porto Alegre", justifica o autor.

Texto

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)