Presidência

Prostituição e drogas preocupam Jardim Leopoldina II

Vereadores verificaram demandas no bairro Jardim Leopoldina Foto: Jonathan Heckler
Vereadores verificaram demandas no bairro Jardim Leopoldina Foto: Jonathan Heckler
No Câmara na Comunidade desta quinta-feira (29/9), moradores do Jardim Leopoldina II, na Zona Norte da cidade, apontaram as principais demandas da localidade. Entre as principais, pontos de prostituição – inclusive de crianças e jovens – e de uso de drogas na região são os que mais preocupam. A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT), acompanhou os relatos e prometeu encaminhar a situação ao Conselho Tutelar.

A Praça Povo Palestino (Rua Poá Cidade Joia, s/nº), que conta com um campo de futebol, é um destes pontos de encontro. Moradores se dizem constrangidos, e terrenos arborizados dos arredores servem de abrigo para os usuários de drogas. Sofia disse que contatará a Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer (SME) para pedir uma intervenção. “A praça poderia oferecer opções de práticas de esporte”, avaliou. O presidente da Associação dos Moradores do Jardim Leopoldina II (Amojale), Paulo Henrique da Silva Pereira, contou que a maior parte dos cuidados da praça é feita pela própria comunidade, e que a acessibilidade, solicitada em outubro de 2010, ainda não saiu do projeto. 

Sobre a questão da prostituição e das drogas, Pereira foi enfático: “A gente não quer migrar o problema. Se não resolver o assunto, não adianta”. Há outros focos na Rua 31, entre a Av. Manoel Elias e a Rua Professora Zilah Totta, e na Rua Sampaulo, próximo à Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira. No caso do último terreno, que pertenceria à empresa de imóveis Habitasul, já foi registrada denúncia no Ministério Público pelos moradores.

O vice-presidente da Amojale, Hilton de Ávila, associa a recorrência dos casos à iluminação pública deficiente. Em algumas vias, há postes com espera, mas que não possuem lâmpada. Em outras, a população é forçada a transitar às escuras – principalmente no acesso à Vila Mário Quintana e próximo ao Parque Chico Mendes.

Construção civil

Durante a caminhada, o grupo deparou-se com inúmeros terrenos baldios, alguns ainda sem destino. Um deles pertence à Secretaria Municipal de Educação (Smed), mas moradores reclamam da falta de projeto para o local. A presidente Sofia deverá questionar a Smed sobre o que pode ser feito naquela área. “Essa região precisa de escola”, salientou.

Contrastando com os terrenos baldios, a comunidade abriga grandes canteiros de obras, devido à construção de condomínios para o programa Minha Casa, Minha Vida. Apesar da perspectiva de desenvolvimento, o presidente da Associação reivindica uma contrapartida para a população, que não vem recebendo nenhum retorno positivo das empresas em termos de melhorias nas ruas.

A construção civil ainda gera outro problema: o depósito de resíduos. Foram encontrados diversos focos de despejo de caliça, possivelmente transportados por empresas à noite, para burlar a fiscalização. A prática é ilegal. Técnicos do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) observaram que, apesar da limpeza feita três vezes por semana, fica mais difícil de coibir a ação durante a noite. Sofia estima que, com o licenciamento que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) pretende fazer com as empresas transportadoras de resíduos da construção civil, as irregularidades devem ocorrer em menor escala.

Posto de saúde

Desde 1992 no topo das principais reivindicações da comunidade, o posto de saúde está perto de completar 20 anos de idealizações. O primeiro terreno solicitado pela população para a construção foi descartado pela Smam, devido à vegetação presente no local. Agora, a Amojale aguarda decisão do órgão sobre outro terreno, sugerido pela própria Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A presidente Sofia buscará informações junto à Smam sobre o andamento da liberação. “É uma prioridade. A comunidade decidiu e quer o posto de saúde”, destacou.

Participaram do Câmara na Comunidade desta quinta-feira os vereadores Mauro Pinheiro (PT) e Maria Celeste (PT), além de representantes do DMLU e Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).

Darlene Silveira (reg. prof. 6478)
Assessoria de Imprensa da Presidência