Tribuna Popular

Rede Minha Porto Alegre aborda problemas no transporte coletivo

  • Rede Minha Porto Alegre trata do transporte público e distribui material a respeito do tema. Na foto, Carolina Soares, diretora presidente.
    Carolina Soares mencionou casos de violência contra mulheres e de abuso sexual nos ônibus (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
  • Rede Minha Porto Alegre trata do transporte público e distribui material a respeito do tema. Na foto, o vereador Adeli Sell lê o material.
    Rede lançou o livro "405 Contos de Terror", que fala sobre o dia a dia dos usuários de transporte público (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

O transporte coletivo da Capital gaúcha foi tema da Tribuna Popular da sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (5/4). Para falar do assunto, a Câmara Municipal Porto Alegre recebeu Carolina Coelho Russel Soares, diretora presidente da Rede Minha Porto Alegre, coletivo criado para articular mobilizações de interesse público na cidade. 

Com o objetivo de mostrar os problemas sofridos no dia a dia dos usuários de transporte público, Carolina explicou que a rede lança o livro "405 Contos de Terror", totalmente financiado e escrito pela própria população da cidade. De acordo com ela, o nome é relativo ao preço da antiga passagem R$ 4,05, com relatos de experiências negativas de quem costuma utilizar o meio de transporte, narrando histórias desde descumprimento da tabela horária até casos de abuso sexual. Ao distribuir 38 contos em versão impressa aos vereadores no plenário, a presidente da entidade espera uma resposta dos  parlamentares sobre a iniciativa de conscientização. "Esses 38 [exemplares] são dedicados a cada um dos vereadores para que possam mudar a situação." Conforme Carolina, o que se busca é fazer uma provocação no sentido de humanizar o sistema de transporte de Porto Alegre. 

A violência contra mulheres também foi outro ponto destacado por ela. "Para garantir a segurança é necessário políticas mais transversais, em especial às mulheres vítimas de assédio sexual", disse também ao cobrar por mais eficácia nos serviços prestados pelas empresas de transporte, como o sucateamento de antigas frotas que prejudicam o cidadão. "Aumentar o acesso público e garantir os direitos são importantes para reduzir crimes, dores e traumas", defendeu. Em nome da rede, Carolina afirmou que o grupo está aberto ao diálogo para que o transporte deixe de ser um pesadelo para quem depende do uso. "Para que este filme de terror tenha fim." Já nas considerações finais, a presidente da rede aproveitou a oportunidade para agradecer a todas as pessoas que mandaram suas histórias e financiaram o projeto. 

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)