Reitor do IPA nega venda do patrimônio

No período de Comunicações Temáticas desta quinta-feira (8/5), a Câmara Municipal recebeu o reitor do Centro Universitário Metodista IPA e diretor do Colégio Metodista Americano, Roberto Pontes da Fonseca. Durante seu discurso, Fonseca garantiu que as propriedades da instituição não estão à venda. Não se cogita venda, eu nunca tratei de venda do patrimônio, afirmou o diretor, que falou também sobre a situação econômica do colégio e do centro universitário.
Tratando do tema das dívidas do grupo, o reitor calculou valores na casa dos R$ 100 milhões, mas justificou que isso corresponde a despesas acadêmicas. É muito dinheiro, mas é compatível com a realidade da nossa instituição, explicou. Segundo Fonseca, em 2013, pela primeira vez, a dívida reduziu e, atualmente, IPA e Americano estão em situação de superávit quando não há prejuízo, mas também não são gerados recursos para corresponder às despesas do passado, na explicação do reitor.
O representante da Rede Metodista falou ainda sobre o tombamento dos prédios e explicou que qualquer ação no sentido de preservar as construções passaria pela aprovação dos vereadores da Capital. Fonseca também apresentou a história das instituições no Estado e dados sobre alunos, bolsas e projetos de extensão praticados. Nossos alunos são estimulados a buscar a felicidade. Que possam exercer o seu papel enquanto cidadãos, contou.
Vereadores
Os vereadores também se manifestaram sobre o tema no período de Comunicações. Pedro Ruas (PSOL) questionou Roberto Pontes da Fonseca sobre os motivos pelos quais o Colégio Americano e o Centro Universitário IPA acumulam uma dívida de R$ 150 milhões. Alberto Kopittke (PT) lembrou que a Câmara está mobilizada em apoiar as instituições para que se mantenham os trabalhos destinados à comunidade porto-alegrense. Contudo cobrou diálogo e transparência com os representantes das instituições.
Valter Nagelstein (PMDB) indagou qual seria a verdadeira situação do Colégio Americano e o Centro Universitário IPA. "As instituições passam por uma situação pré-falimentar?", questionou o vereador. Sofia Cavedon (PT) afirmou estar surpresa com a possibilidade da venda da área onde se situam as instituições. Lembrou que uma gestão democrática se faz com diálogo entre pais, alunos e servidores das instituições de educação.
Fernanda Melchionna (PSOL) afirmou que é preciso defender o patrimônio histórico da cidade de Porto Alegre. "Somente a pressão da comunidade escolar permitiu a suspensão do leilão, garantindo o diálogo sobre o assunto no dia de hoje".
Texto: Juliana Mastrascusa (estagiária de jornalismo)
Juliana Demarco (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)