Mandato

Tanise Sabino coloca Violência Doméstica em discussão na câmara de vereadores

Tanise Sabino coloca Violência Doméstica em discussão na câmara de vereadores
Tanise Sabino coloca Violência Doméstica em discussão na câmara de vereadores

 

No dia 21 de novembro a Vereadora Psicóloga Tanise Sabino realizou o Seminário “Diálogos sobre a Violência Doméstica: abordando aspectos emocionais, jurídicos e rede de apoio”.  Os participantes foram recebidos na Câmara de Vereadores com a exposição de fotos “O silêncio também é uma arma” organizada pela Delegada Carolina Funchal Terres, que retrata utensílios utilizados para agredir mulheres.

 

Na abertura do evento, Tanise trouxe ainda dados alarmantes sobre o aumento da violência contra mulheres, que apenas no Brasil chega a mais de 18 milhões de vítimas por ano, ou seja, 50 mil mulheres por dia, ou o equivalente a um estádio de futebol cheio. “A violência doméstica não é apenas um problema individual, mas sim uma questão que afeta toda a sociedade. Ela deixa cicatrizes não apenas nas vítimas diretas, mas também em suas famílias e amigos. Precisamos discutir este tema e assumir que a violência existe e está muito mais perto de nós”, salientou Tanise destacando a importância do tema.

 

Compondo a mesa de abertura, participaram o Secretário Adjunto de Administração e Patrimônio, Richard Dias; a Presidente do PRD Mulher Estadual, Vivian Garcia; a Presidente do PRD Mulher de Porto Alegre, Adriana Franco; e o Presidente da Juventude do PRD, Leandro Santos. A fala das lideranças foram unânime, no sentido de estimular a discussão do tema e criar uma rede capacitada para realizar a acolhida e apoio das vítimas e também para realizar o enfrentamento e visibilidade da violência doméstica.

 

A advogada criminalista Simone Batista iniciou sua palestra conceituando a violência doméstica e destacando os dados da pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema que revela que na grande maioria dos casos o agressor é o próprio companheiro da vítima. Ela também compartilhou sua experiência no acompanhamento de vítimas e o desafio de que a Lei Maria da Penha seja efetiva: “Na prática o que vemos é um processo moroso que muitas vezes acaba gerando vítimas fatais e a falta de uma rede especializada que tenha sensibilidade ao tema da violência doméstica. Vítimas, Estado e sociedade devem atuar em sintonia”.

 

A criminalista ressaltou que é de extrema relevância que na discussão sobre violência doméstica inclua toda a sociedade e que sejam ampliados o número de juizados especializados  para atuar nos  casos  de  violência  contra  a  mulher,  a  fiscalização  do Estado   quanto   ao   cumprimento   efetivo   das   medidas protetivas e de toda Rede de Apoio, bem como avaliações psicossociais que atuem no sentido de promover, de forma interligada, a proteção adequada às vítimas.

A psicóloga Karen Netto iniciou sua participação compartilhando uma informação impressionante: “Apenas a partir de 2021 a violência passou a ser tipificada como crime. Ou seja, mesmo que a mulher fizesse a denúncia, não havia como punir o agressor“, destacou a psicóloga. Elogiando a Lei Maria de Penha, que é considerada uma das melhores leis a nível mundial para proteção da mulher, ela também trouxe o contraponto de sua experiência prática de que ainda falta uma rede de apoio estruturada para que ela possa ser mais efetiva.

 

Karen também trouxe outro recorte interessante sobre a questão da violência doméstica destacando o impacto econômico visto que o ciclo de violência compromete não só o desempenho e produtividade da vítima, mas muitas vezes acaba determinando também a perda do emprego. 

Edição

Caroline Strüssmann Reg. Prof. 9228