Cedecondh

Usuários do Bolsa Família denunciam morosidade da FASC

Audiência na CEDECONDH pede retorno à regionalização dos cadastros que hoje estão centralizados na FASC

  • CEDECONDH debate sobre a proteção jurídica dos Celíacos em Porto Alegre. Na foto: Vereador Dr. Thiago Duarte.
    Dr. Thiago pede presidiu a audiência na Câmara (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Reunião Cedecondh
    Sala das comissões ficou lotada (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Exigir o retorno do Cadastro dos beneficiários do Bolsa Família para as sedes regionais da Fundação de Assistência Social e Cidadania, evitando desta maneira o deslocamento de milhares de usuários que precisam sair de suas casas para fazer o cadastro na sede da Fundação na Avenida Ipiranga. Este foi um dos principais encaminhamentos da Audiência Pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos na tarde desta terça-feira na Câmara Municipal de Porto Alegre. O presidente da CEDECONDH, vereador Dr. Thiago Duarte, que dirigiu os trabalhos, solicitou, em nome dos demais vereadores que participaram na sessão, o acesso a todos os documentos, administrativos e judiciários que comprovem a licitação de empresa terceirizada para a realização do cadastro. “Queremos a documentação integral para fiscalizar o processo” disse ele, baseado em informações de que não houve transparência no processo licitatório. 

TRANSTORNOS
A centralização do cadastro gera sérios transtornos para os beneficiários, que precisam sair de suas casas de madrugada para conseguirem uma ficha na FASC. Esta foi a principal reclamação dos participantes da Audiência Pública que lotaram a sala das comissões para exigir uma solução. Sair de madrugada, arriscar ser assaltado para depois não conseguir atendimento foi outro problema levantado pelos participantes. Segundo eles, os beneficiários do Bolsa Família moram longe, muitas vezes em áreas de conflito provocado pela guerra do tráfico. “Não podemos permitir que essa gente coloque em risco as suas vidas para buscar um benefício que bem poderia ser resolvido perto de casa”, concluiu Dr. Thiago.  

Texto – Flávio Damiani (reg prof 6180)