Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos tempos de Lideranças, na tarde desta quarta-feira (4/5), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:

DEMOCRACIA - Fernanda Melchionna (PSOL) cumprimentou osprofessores da Ufrgs, a Assufrgs e o DCE da Ufrgs, que se posicionaram contra a Moção de Repúdio ao reitor da universidade, Carlos Alexandre Netto. “AConstituição Federal coloca a universidade como um espaço de pluralidade e dedebate de ideias. A defesa da democracia precisa ser respeitada nesse momento”,declarou Fernanda. Concluiu dizendo que se incomoda com o tratamento dado paraos jovens como se fossem uma “tábula rasa”. (AZ)

COMUNISTA - Jussara Cony (PCdoB), respondendo àsmanifestações nas galerias do Plenário Otávio Rocha,bradou: "Eu sou comunista. E tenho muito orgulho de fazer parte de umpartido que tem 94 anos de luta”, citando o PCdoB. Também falou das lutasantigolpe que participou ao longo de sua vida e deu sua opinião sobre a Moçãode Repúdio ao reitor da Ufrgs: "Uma universidade fechada não formaconsciências". (AZ)

DIREITO - Dr. Thiago Duarte (DEM) começou seu discursoafirmando que "democracia é para os dois lados". Falou sobre o processode impeachment e se justificou, mais uma vez, por que é a favor: "Todo o Brasilsabe que a Dilma cometeu crime de responsabilidade". Por fim, mencionou a Moção de Repúdio à médica que rejeitou atendimento a filho de uma vereadora suplente do PT:"Em nenhum momento foi tocado o assunto da Moção de Repúdio contra o Sindicato Médico, proposto pelo PT. No Código de Ética Médica, o doutor tem odireito de se recusar a atender alguém", argumentou o vereador em favor damédica. (AZ)

POLÍTICA - João Bosco Vaz (PDT) citou o vereador Professor Garcia(PMDB), afastado do cargo por problemas de saúde: "A Câmara não deve fazerMoção de apoio a ninguém nem de repúdio a ninguém", manifestando-se contraa Moção de Repúdio ao reitor da Ufrgs. "As universidades públicas e privadasformaram grandes políticos. Qual o problema, então, em discutir política nesseslocais?", questionou o vereador. Por fim, Bosco Vaz opinou que a Câmara sódeveria “legislar e fiscalizar o Executivo". (AZ)

MOÇÃO - Valter Nagelstein (PMDB) manifestou-se contra a ideologia comunista. “Não é uma questão de fascismo, é uma questão de democracia, pois os regimes comunistas são comprometidos com o totalitarismo e não com a democracia”. Quanto à Moção de Repúdio apresentada por ele, argumentou que foi utilizado o e-mail institucional dizendo que alunos foram dispensados de aula, a fim de participar da manifestação contra o impeachment.  “Em amor à liberdade e à democracia, não se pode usar os meios de instrumentos de uma universidade para advogar por uma causa”. (PE)

CORRUPÇÃO - Fernanda Melchionna (PSOL) disse querer “acabar com um discurso demagogo e com seletividade” de “quem até ontem estava no governo”. “O PMDB é o partido do (presidente da Câmara Federal) Eduardo Cunha e que agora articula um golpe”, afirmou. Ela frisou que o partido tenta aparecer como alternativa a partir de uma manobra. “Me indigna a seletividade com que a corrupção é condenada, em que silenciam quanto à corrupção de alguns e se escondem na roupagem de luta contra corrupção para defender os mesmos corruptos de sempre.” (PE)

DEMOCRACIA II - Abordando períodos históricos em que foi defendida a democracia, Adeli Sell (PT) citou Thomas Jefferson dizendo que quem hoje defende o liberalismo deveria tê-lo como referência. “Um grande exemplo de defensor da democracia” disse. Sobre a Moção de Repúdio, ele afirmou que hoje muitos militantes de internet colocaram a cara na rua. “Agora começamos a saber quem é quem na sociedade.” Colocando-se contrário à Moção, salientou que deve ser preservado o direito de manifestação na universidade. “Hoje nós vamos derrotar o fascismo” finalizou ele. (PE)


Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
          Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)