Projetos

Projeto institui o Teste do Coraçãozinho para recém-nascidos

Ex-vereador Aldacir Oliboni (PT) Foto: Eduarda Amorim
Ex-vereador Aldacir Oliboni (PT) Foto: Eduarda Amorim
Um projeto do ex-vereador Aldacir Oliboni (PT) torna obrigatória a realização de exame de oximetria de pulso em recém-nascidos - mais conhecido como Teste do Coraçãozinho -, nas maternidades e hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre. A proposta, que entrou em discussão preliminar de pauta na sessão ordinária desta quinta-feira (1º/3), na Câmara Municipal, prevê que o oxímetro deverá ser posicionado nos membros superiores e inferiores dos recém-nascidos entre as primeiras 24 horas e 48 horas do nascimento do bebê, antes da alta hospitalar. 

De acordo com Oliboni, o Teste do Coraçãozinho se constitui em importante medida para detectar malformações cardíacas congênitas de origem embrionária. Ele cita informações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) segundo as quais “o diagnóstico precoce é fundamental para evitar choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do 
tratamento da cardiopatia". Segundo a SBP, as cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e cerca de 20% a 40% dos óbitos decorrentes de malformações. Com essa preocupação, os Departamentos Científicos de Cardiologia e Neonatologia da SBP redigiram um consenso técnico para a realização do Teste do Coraçãozinho. "Trata-se de um exame simples, indolor, rápido, que deve fazer parte da triagem de rotina de todos os recém-nascidos, pois é importante para o diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica."

Cardiopatia

A cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas a malformações congênitas. Nascem no Brasil aproximadamente 23 mil crianças com problemas cardíacos por ano; ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos, um é cardiopata. Desses 23 mil cardiopatas que nascem anualmente, pelo menos 80% necessitarão de uma cirurgia cardíaca.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)