Trânsito na Ramiro entre os debates na Câmara
Em Sessão Ordinária realizada na Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira (6/9), os vereadores de Porto Alegre utilizaram o período de Lideranças partidárias para tratar de diversos assuntos da cidade. Entre eles, as alterações no trânsito em razão da abertura da Rua Ramiro Barcelos através da Protásio Alves. Acampamento Farroupilha e Orçamento do município também estiveram em debate:
TRÂNSITO I Pedro Ruas (PSOL) disse que na prática foi criada em Porto Alegre uma quarta perimetral, com a abertura da Rua Ramiro Barcelos através da Protásio Alves, e defendeu um tratamento diferenciado pelo Executivo àquela via. A Ramiro corta a cidade da Ipiranga até a Freeway, mas seu trajeto não apresenta condições para isto. Faço esse alerta para ter faixas de segurança e sinalização em condições, colocou. Segundo Ruas, existe a necessidade de que haja correspondência entre as aberturas e fechamentos de sinais e um controle de fiscalização, em especial para proteger os pedestres. Existem trechos quase impossíveis para atravessar a rua. Temos que ter condições concretas e de segurança e trafegabilidade. Do jeito que está, corremos vários riscos, aponta. (LO)
TRÂNSITO II Airto Ferronato (PSB) lembrou que, quando vereador em primeiro mandato, sugeriu a ligação da Ramiro Barcelos até a Castelo Branco (Freway). Acredito que foi uma boa sugestão e que contribuiu com a cidade e com o cidadão. A Ramiro é sim uma perimetral que leva fluxo para diversos locais, ponderou. Segundo o vereador, antes ingressava-se pela Castelo Branco apenas na rodoviária, o que era um transtorno já há 20 anos. Encaminhei uma correspondência ao então ministro dos transportes, Odacir Klein, para que a Rede Ferroviária Federal cedesse parte daquele terreno para que se fizesse a extensão da via desde a Voluntários até a Castelo, informou. Ele destacou o alerta de Pedro Ruas e avaliou que a Ramiro pode ser uma grande artéria do trânsito da Capital. (LO)
VETO I João Dib (PP) falou sobre os vetos apreciados pelos vereadores na quarta-feira (1º/9), quando foi vaiado pelo Plenário. Ele alega que recebeu a vaia por ter conhecimento do Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município (LOM). Escutei vereador dizendo que a Câmara ficou desmoralizada pelo veto ao seu projeto. Mas é a Casa que se desmoraliza quando aprova projetos que são inconstitucionais, avalia. Segundo Dib, o veto do prefeito foi brilhante, pois havia vício de iniciativa. Na proposta de publicidade em campanhas contra o uso do crack, o vereador autor desconheceu a Lei Orgânica do Município, não acredito que por má fé, mas por desconhecimento, disse. (LO)
INDEPENDÊNCIA Luiz Braz (PSDB) disse que o feriado de Sete de Setembro deve servir para uma reflexão da independência do Brasil. Somos, ainda, um povo escravo, e essa independência só pode existir pela educação. Mas, neste país, onde se tentar criar pessoas com bolsa isso ou aquilo, não se oferece nada para que elas tenham um futuro, criticou. Braz informou que são mais de 11 milhões de pessoas que recebem dinheiro de algum tipo de bolsa ou benefício. Isso é usado em épocas eleitorais sob argumento que esses auxílios acabariam em caso de vitória de outro candidato, critica. "Há um verdadeiro exército de ignorância, disse, ao argumentar que cada cidadão que tem consciência precisa tomar uma atitude para mudar esse quadro. (LO)
VETO II Aldacir Oliboni (PT) criticou o Executivo pelo veto parcial ao seu projeto que pretendia que 10% da arrecadação da Semana Farroupilha seja revertida para melhorias no parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Para ele, o veto somente deste item tem alguma suspeição. Oliboni opinia que essa era uma iniciativa simples e que daria condições de humanização ao local e ao acampamento Farroupilha. "Hoje existem reclamações de 90% dos usuários do local com relação à infraestrutura". (RT)
PARQUE Bernardino Vendruscolo (PMDB) afirmou que os problemas existentes no parque Harmonia são de todos os governos, dos que já passaram e do atual. Para Vendruscolo, todos os vereadores deveriam fazer um estudo sobre o evento da Semana Farroupilha. O tema é preocupante e já estamos perdendo espaço para outras Capitais, afirmou. Ele ressalta que é necessário "somar esforços para a implantação do Parque Temático, e prestigiamos a nossa tradição". (RT)
INDEPENDÊNCIA II - Engenheiro Comassetto (PT) rebateu as críticas aos programas do governo federal. Não queremos que o Bolsa Família seja um programa que se perpetue; ele é apenas o início de um processo de resgate da dignidade da população mais pobre, argumentou. Um país só é independente se o povo tiver acesso à educação e meios de vida, disse Comassetto, relatando ter participado da aula inaugural da Escola Técnica Federal da Restinga na sexta-feira (3/9): São 420 jovens que não teriam oportunidade se não houvesse uma escola técnica pública e gratuita. Ressaltou que o Brasil, hoje, é reconhecido mundialmente. O mundo tira o chapéu para o Lula, um presidente com 96% de aceitação, concluiu. (CK)
INVESTIMENTOS - Reginaldo Pujol (DEM) - reiterou que o Plano Plurianual do governo não pode ser discutido na Casa sem que se toque no assunto da falta de investimentos na cidade. "É preciso um novo encaminhamento para distribuição do recurso público neste país. Não é possível que para fazer uma obra de maior porte na cidade, teremos que depender do Banco Central ou de um empréstimo externo", reclamou. A respeito das pesquisas que apontam a aprovação de 96% de Lula, Pujol analisou-as como superficiais. "Ninguém repara que metade dos entrevistados ainda não tem opinião formada", disse. (ES)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)