Plenário

Parada Livre será incluída no Calendário de Porto Alegre

Movimentação de plenario. Na foto, o vereador Moises Maluco do Bem.
Vereador Moisés Barboza (PSDB) (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)

Acrescentar o Dia da Parada Livre no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre está previsto no projeto de lei Nº 1341/17 do Legislativo municipal aprovado na tarde desta segunda-feira (05/2) em Plenário. Apresentado por Moisés Barboza (PSDB), o PL “atende à solicitação coletiva das entidades”, conforme explicou o vereador. Conforme ele, a luta pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) vem ganhando visibilidade nas últimas décadas, mas ainda “é um debate controverso e desafiador”.

Em 1994, os vereadores de Porto Alegre criaram uma lei proibindo a discriminação com base na orientação sexual. Em 2017, por iniciativa do Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual –, foi apresentada uma proposta de alteração da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, no seu artigo 150, incluindo o termo “orientação sexual” no rol das discriminações proibidas. Nesse sentido, a capital gaúcha tem sido uma das pioneiras na luta pelo reconhecimento de todas as opções sexuais, com a Parada Livre se constituindo num dos eventos mais significativos da cidade, reunindo milhares de pessoas.

Segundo Moisés, a Parada “é um evento democrático em sua participação” e nesses 20 anos sempre contou com o apoio do Poder Público local, sendo realizada em um local de referência da cidade, o parque Farroupilha (Redenção). Além disso, “alcançou visibilidade política, repercutindo de forma pedagógica e mudando a percepção coletiva das questões que envolvem a população LGBTT, trazendo para a cena pública cidadãos e cidadãs que antes tinham dificuldade de assumir sua condição sexual no espaço público”.

O vereador sugere que a data oficial do evento passe a ser o último domingo do mês de novembro. “Ele faz parte da história da luta pela conscientização e pelo combate à discriminação sexual, o que justifica a permanência do nome originário, Parada Livre”, declarou.

Assessoria de Imprensa CMPA